O Fórum Jorge Calmon, em Jacobina, sediou nesta sexta-feira (15) o júri popular que condenou a dona de casa Jucelina Pereira da Silva a 28 anos de prisão em regime fechado pela morte do comerciante Délcio Pereira de Araújo, assassinado aos 44 anos em setembro de 2013, na comunidade de Cachoeira Grande, zona rural do município. O crime, que chocou a região, ocorreu na madrugada do dia 27 de setembro, poucas horas após a festa de aniversário de 10 anos do filho do casal.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, Délcio foi brutalmente espancado até a morte por Jucelina e por José Carlos Cardoso dos Santos, então apontado como amante da acusada. O comerciante teria surpreendido José Carlos na fazenda Várzea do Mato e, ao tentar reagir com uma espingarda, foi impedido pela esposa. Em seguida, ele foi violentamente agredido pelo casal e arrastado para o terreiro da casa. Inicialmente, Jucelina tentou simular um assalto, escondendo dinheiro em um colchão e objetos eletrônicos embaixo de uma árvore, mas acabou confessando o crime após contradições em seu depoimento
O caso gerou forte comoção em Jacobina e região. Familiares afirmaram que Délcio já tinha conhecimento da traição e pretendia se separar após o aniversário do filho. José Carlos, também acusado, chegou a ser preso preventivamente em 2013, mas ganhou liberdade no ano seguinte. Ele acabou sendo assassinado posteriormente, em circunstâncias não ligadas ao processo, restando apenas Jucelina no banco dos réus.
Durante o julgamento, a acusada permaneceu de cabeça baixa e usou máscara durante boa parte da sessão. Do lado de fora e no plenário, dezenas de familiares e amigos da vítima acompanharam o júri, cobrando justiça e aplaudindo a decisão. Após a condenação, Jucelina foi encaminhada para cumprir pena no Presídio Estadual de Irecê. A família de Délcio comemorou o resultado do julgamento, destacando o fim de uma espera de quase 12 anos por justiça.
Blog Jacobina 24 Horas
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