Três policiais civis do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) foram presos nesta quinta-feira (6), em São Paulo, suspeitos de extorsão. O trio foi detido após investigação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) que identificou um esquema de corrupção na Operação Petroleiros, deflagrada pelo Deic em junho deste ano.
A Operação Petroleiros foi realizada para combater o desvio e roubo de combustíveis na região de Paulínia, no interior paulista. A partir dela, oito pessoas foram presas.
De acordo com o Gaeco, no entanto, policiais envolvidos na ação se aproveitavam de suas posições para extorquir dinheiro de suspeitos. Eles cobravam propina para livrar empresários que comercializavam gasolina roubada ou adulterada da investigação.
Ainda segundo o Gaeco, os policiais corruptos contavam com o auxílio de um advogado que atuava em Paulínia para intermediar os acordos com os suspeitos. Ele e um empresário da região, acusado de ser um dos que pagou para ser favorecido na investigação, também foram presos nesta quinta-feira.
Conforme apurou o SPTV, os policiais chegaram a pedir R$ 6 milhões para não prender uma quadrilha envolvida com fraudes na venda de combustíveis. Eles não receberam a quantia integralmente, mas conseguiram tirar R$ 2 milhões e um carro dos criminosos.
O esquema chegou ao fim depois que um dos empresários extorquidos afirmou não aguentar mais a chantagem dos policiais e os denunicou a promotores do Gaeco.
A Corregedoria da Polícia Civil informou que "apoia a ação de promotores do Gaeco de Campinas no Deic, que estão cumprindo mandados de busca e apreensão e de prisão temporária de policiais civis do departamento".
G1

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