Integrantes de movimentos sociais fizeram, na manhã de terça-feira (17), uma mobilização em frente à sede da Rede Bahia, no bairro da Federação, em Salvador. Os manifestantes discursaram em defesa da liberdade do ex-presidente Lula, preso em Curitiba, lembraram os 22 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, e o impeachment da presidente Dilma Rousseff, ocorrido em agosto de 2016.
A manifestação que teve a participação de integrantes da Frente Brasil Popular, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi acompanhada por policiais militares e ocorreu de forma pacífica.
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) emitiu comunicado oficial repudiando o ato, que impediu a entrada de funcionários à emissora.
“Qualquer tentativa de impedir o trabalho da imprensa é um ataque ao direito da sociedade de acesso às informações de interesse público e à liberdade de expressão”, citou a entidade.
A Associação Baiana de Rádio e Televisão (ABART) e o Sindicato das Empresas de Radiodifusão e Televisão do Estado da Bahia (SERTERB) também divulgaram nota repudiando a invasão à na sede da Rede Bahia.
“O ato foi uma afronta à liberdade de imprensa, uma ameaça ao exercício do jornalismo e aos profissionais de comunicação em nosso Estado. Agredir ou inibir o trabalho da imprensa é inaceitável para uma democracia. A ABART e o SERTERB se solidarizam com os colaboradores da Rede Bahia que prestam relevantes serviços para a qualidade do bom jornalismo e da informação em todo o Estado da Bahia”, afirmaram.
Por meio de nota, a Rede Bahia também se posicionou sobre o caso.
"Informamos que hoje, dia 17 de Abril, por volta das 05:55 da manhã, um grupo de representantes da CUT e FUP (Federação Única dos Petroleiros)invadiu a sede da Rede Bahia forçando o portão da empresa munidos de facões (conforme relato dos seguranças patrimoniais), equipamentos de som e bandeiras sob o argumento de protestar contra os 2 anos do golpe civil e os 22 anos do massacre dos trabalhadores do MST em Carajás.
Com o apoio e intermediação da Policia Militar da Bahia os manifestantes realizaram protesto com palavras de ordem e discursos. Por volta das 09:45 o protesto foi encerrado. Não houve outras ocorrências registradas.
A Rede Bahia respeita a liberdade de expressão. Defende vigorosamente a liberdade de imprensa e a segurança dos profissionais que trabalham no exercício da comunicação, destacando que o trabalho do jornalista e da imprensa são direitos constitucionais assegurados que contribuem significativamente para a democracia. A hostilização sofrida hoje representa uma agressão aos meios de comunicação do Estado e a todos os profissionais de imprensa".
SALVADOR
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