Ainda segundo a PM, foram afastados apenas os três policiais que atenderam o primeiro momento da ocorrência. “Os policiais já foram afastados e o comandante-geral (Anselmo Vasconcelos) determinou rigor e rapidez na apuração”, disse o capitão Bruno, na manhã desta segunda-feira (23), durante entrevista à TV Bahia. Ainda segundo o porta-voz da PM, a investigação é feita pela Corregedoria da PM. “A Corregedoria solicitou vários exames à Polícia Técnica”, declarou.
Uma das filhas de Arnaldo comentou o afastamento dos policiais. “É passo a passo. A gente quer justiça e começa a ser feita. Esse é o primeiro passo. Queremos andar mais”, disse Cristina Filho ao CORREIO. Na manhã desta segunda-feira (23), parentes e amigos do artista plástico protesteram pela prisão dos policiais.
Luto
A morte do artista plástico repercutiu entre os moradores de Candeias e parte do comércio não abriu hoje. “Candeias amanheceu de luto. Parte do comércio fechou. Ele era uma pessoa muito querida. Indiscutível a sua conduta, o perfil dele. Tomamos como surpresa. Ninguém sabe o que levou a polícia efetuar os disparos. Queremos justiça”, disse ao CORREIO o prefeito da cidade Pitágoras Ibiapina (PP).
O prefeito falou sobre a investigação e aproveitou para pedir mais uma vez por justiça. “Está tudo muito incerto. Não sabemos realmente o que aconteceu. Se o cidadão (Nadinho) tentou alguma coisa contra o policial, que seja esclarecido. Se foi engano da Polícia Militar, que seja feita justiça. Não sabemos quem será a próxima vítima. Quantos Nadinho passaram por Candeias e que foram alvejados e não saberemos o que aconteceu? Sabemos que os policiais vivem sob pressão, mas sabemos também que foi um pai de família, um homem digno morreu. Quero Justiça, nada mais”, declarou.
Morte
Arnaldo foi baleado dentro da própria casa, no bairro Santo Antônio. Segundo familiares, os policiais perseguiam assaltantes quando invadiram o imóvel, que também funciona como atelier. Eles disseram que os policiais chegaram atirando. Na hora, Arnaldo estava desenhando quando foi atingido duas vezes: braço e tórax.
CORREIO
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