O construtor de trios elétricos, um dos principais nomes do carnaval de Salvador, Orlando Tapajós, morreu, aos 85 anos, na madrugada deste domingo (17), segundo informações do presidente da Associação Baiana de Trios Independentes (ABTI), por meio do Conselho Municipal do Carnaval (Comcar).
Tapajós estava internado na UTI do Hospital Tereza de Lisieux desde a última terça-feira, 12, após sofrer um infarto, segundo informações da assessoria da unidade de saúde.
Por meio de nota, o presidente da ABTI lamentou a morte do carnavalesco. "A ABTI e toda comunidade carnavalesca está de luto e lamenta profundamente a perda do grande carnavalesco e ícone da história da Bahia e do Brasil", disse Paulo Leal.
A ABTI informou ainda que o corpo de Orlando Tapajós será velado no Palácio do Rio Branco neste domingo, a partir das 11h, mas será aberto apenas para família e amigos.
Já às 17h, o velório será e aberto ao público. Na segunda-feira (18), o público ainda poderá ir ao velório que será das 8h e às 11h. Em seguida, o corpo sairá em cortejo no Corpo de Bombeiros, passará pela Praça Castro Alves, dando a volta na Casa D’Itália e voltando para a Praça, onde será feita homenagem pelos trios elétricos e, de lá, segue para sepultamento, às 14h, no Cemitério Jardim da Saudade.
História
Orlando Tapajós foi responsável pela revolução estética no trio elétrico. Foi ele quem montou, pela primeira vez, a estrutura que deu origem ao modelo atual do trio com a Caetanave. Ela saiu pela primeira vez em 1972, no carnaval de Salvador, para homenagear Caetano Veloso, que estava voltando do exílio em Londres durante a ditadura militar.
Tapajós foi homenageado no carnaval de 2015, em Salvador, e no mesmo ano, um circuito do carnaval da capital baiana ganhou o nome dele. O circuito Orlando Tapajós compreende o trecho do Clube Espanhol ao Farol da Barra, no contrafluxo do circuito Barra-Ondina (Dodô). O circuito fica em operação durante as festas pré-carnavalescas como o Pipoco e Furdunço
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