Associações que representam os motoristas de caminhões-tanque já cruzaram os braços em pelo menos três estados: Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. As ações devem paralisar suas operações ainda nesta quinta-feira, 21, em pelo menos mais três estados, dentre eles Goiás, Bahia e Espírito Santo.
Sandro Gonçalves, presidente do Sinditanque-SP (Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustível e Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo) afirmou à Veja que uma das reivindicações é a redução do ICMS e impostos federais.
“O motivo é o alto valor dos combustíveis, óleo diesel, gás, gasolina e etanol. Não aguentamos mais colocar os caminhões para rodar com estes preços”, afirmou Sandro.
Já o presidente do Sindtanque-MG, Irani Gomes, afirmou em vídeo nas redes sociais que “o óleo diesel hoje está representando quase 70% do valor do frete e transportadoras históricas no estado estão quebrando, não aguentam mais trabalhar. Pedimos a sensibilidade do governo, mas o governo não está se importando com essa categoria que hoje carrega mais de um terço da economia do estado. Estamos com os braços cruzados até que o governo se sensibilize”.
Onde acontecem as paralisações
Apesar das afirmações de que haveria paralisações em seis estados, foram confirmadas paralisações apenas em dois, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Greve dos caminhoneiros em Minas Gerais
Cerca de 800 caminhões pararam no Distrito Industrial Paulo Camilo Sul, em Betim, Minas Gerais. Os veículos pararam na entrada da BR Distribuidora, ao lado da Refinaria Gabriel Passos (Regap), e das principais distribuidoras, como Shell, Ipiranga e Ale. Viaturas da Polícia Militar estão acompanhando a manifestação, que transcorre de forma pacífica.
Greve dos caminhoneiros em Rio de Janeiro
Já no Rio de Janeiro como bases de abastecimento em Campos Elíseos que abastecem como principais distribuidoras foram bloqueadas pelo movimento. O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e de Lojas de Conveniência do Município do Rio de Janeiro informou que fechou como unidades para evitar depredações. “Os postos revendedores do Rio seguem aguardando a normalização das entregas para poderem atender a sua clientela até o fim de semana”, afirmou o sindicato.
Greve dos caminhoneiros
A greve dos caminhoneiros foi antecipada pela Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) com um lockout das empresas transportadoras marcado para 1º de novembro e tem como prioridade a reivindicação da revisão da política de preços da Petrobrás.
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