A Bahia é o estado que tem mais casos de violência sexual no Nordeste, lidera casos de agressão física entre os estados nordestinos e ocupa a segunda posição no índice de homicídios. Os dados são do boletim 'Infância Interrompida: números da violência contra crianças e adolescentes'.
O levantamento, foi realizado entre junho de 2019 a maio de 2021 pelas pesquisadoras da Rede de Observatórios em cinco estados: Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Os estados do Piauí e Maranhão chegaram na Rede em agosto desse ano e ainda não figuram na pesquisa.
Foram 1473 eventos ou um registro a cada 12h, entre casos de violência letal, sexual e institucional nos estados monitorados. Entre eles, os casos do menino Henry Borel, o de Miguel Antônio, das primas Emily e Rebecca e dos jovens Mizael e Juan Ferreira.
Os homicídios contra menores de 18 anos e a violência sexual lideram entre agressões físicas, tortura, abandono, negligência, cárcere privado, sequestro e bala perdida. A maior parte das vítimas é menina e, entre os que tiveram a raça registrada, negra.
No Nordeste, a Bahia lidera os números de violência sexual. Já Pernambuco registrou o maior número de mortes violentas de jovens até 18 anos.
A maior parte dos crimes é cometido por familiares e em lugares que deveriam ser de acolhimento e segurança. No total, foi registrado aumento de 10,3% de registros de violência contra criança e adolescente nos primeiros cinco meses de 2021.
Segundo as pesquisadoras, o levantamento é realizado com o objetivo de suprir a ausência ou omissão do Estado em produzir e divulgar dados confiáveis e de qualidade para que as políticas públicas sejam avaliadas.
A produção acontece com a conferência de veículos de imprensa, coleta de informações e alimentação de um banco de dados que posteriormente é revisado e consolidado.
A TARDE
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