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Dívida de cota obrigatória de salários a ex-partido faz Justiça penhorar carro da senadora Leila, ex-seleção

 




Uma das maiores jogadoras da história da Seleção Brasileira de Vôlei e senadora desde 2019, Leila Barros (PDT-DF) teve seu carro penhorado pela 22ª Vara Cível de Brasília por dívida de R$ 180 mil com seu ex-partido, o PSB. O veículo é um Chevrolet Tracker LTZ.

A dívida foi contraída entre março de 2019, no início do mandato de Leila como senadora, e junho de 2021, último mês em que ela esteve filiada ao PSB, pouco antes de migrar para o Cidadania.

O PSB alega que em seu estatuto há a obrigatoriedade de os parlamentares repassarem 10% dos seus rendimentos brutos ao partido. Dessa forma, no período de inadimplência, Leila deixou de contribuir com R$ 3.376,30 mensais.

Pela totalidade, a dívida chegou a R$ 102,4 mil, mas ficou em R$ 180 mil com a correção dos valores. Com informações do portal Metrópoles.


Em contato com o portal A TARDE, a assessoria da senadora Leila Barros (PDT-DF) criticou a atitude do TSE em penhorar o veículo da parlamentar. De acordo com a nota, "essa cobrança pode ser feita, mas não pode haver punição para quem não aceitar essa contribuição compulsória". 


Confira nota na íntegra:


"O que está em discussão – e a Justiça é quem decidirá – é se um partido político tem o direito de exigir parte dos salários de filiados que ocupam mandatos para os quais foram eleitos. Em 2022, o TSE considerou que essa cobrança pode ser feita, mas não pode haver punição para quem não aceitar essa contribuição compulsória. O estatuto do PSB é antigo, anterior a essa decisão, e não foi atualizado, o que gerou essa confusão. 



É mais ou menos como naquela época em que os clubes eram “donos” dos atletas, que só poderiam ir para outro clube caso pagassem uma multa. A lei veio e acabou com o comércio de profissionais. 


A parte positiva dessa história é que ela mostra que nem todo político é igual. Muita gente acredita que todo político tem muito dinheiro e carro de luxo, e hoje as pessoas puderam ver que eu possuo um automóvel comum, fabricado em 2015!


Eu saí do PSB por questões políticas, não foi nada pessoal. Inclusive, o PDT, partido que hoje presido no DF, tem muitas afinidades ideológicas com a minha antiga casa. Esses partidos poderão, em um futuro próximo, estar juntos, em benefício da população do nosso Distrito Federal, que hoje tem um governo que não olha com o carinho devido para a situação das pessoas mais necessitadas.


Eu espero que a justiça aprecie essa questão com a maior celeridade possível, dado que esse assunto não contribui em nada para a construção das políticas públicas que a nossa população tanto necessita."

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