Ministra da Saúde Nísia Trindade |
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta quarta (17) que ainda é necessário aumentar a produção da vacina contra a dengue para expandir as faixas etárias que receberão o imunizante. Atualmente o ministério tem 5 milhões de doses, o permitiria a imunização 2,5 milhões de pessoas —ou 1,1% da população.
O número não cobre todas as pessoas na faixa etária priorizada, de 6 a 16 anos, que somam 30,5 milhões no país, conforme aferição do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O Ministério da Saúde declarou, na última segunda-feira (15), que tem a previsão de imunizar uma parcela do grupo de crianças e adolescentes.
Segundo Trindade, além da idade, será levado em conta o município onde vive a pessoa.
A ministra afirmou contar com doses doadas, sem definir número nem prazos. Insistiu também que são necessárias outras medidas para conter a doença, que passa por um aumento de casos no Brasil.
“Vacina é um instrumento importantíssimo, mas não é único. Estamos recomendando as estratégias de controle. Já identificamos que 75% da transmissão da doença ocorre dentro das casas ou no entorno das casas, então o controle dos vetores é importantíssimo”, disse, referindo-se aos mosquitos transmissores, que se proliferam na água parada.
A imunização deve começar no mês que vem, mas nenhum martelo foi batido, nem o das etapas seguintes.
ALERTA PARA DISPARADA DE CASOS DE DENGUE E RECORDE DE MORTE EM 2023
O Brasil registrou mais de 1,6 milhão de casos de dengue entre janeiro e novembro de 2023. O número representa um aumento de 15,8% dos casos, se comparado ao mesmo período de 2022. Os óbitos
Em 2023, o Brasil também bateu o recorde de mortes decorrentes de infecção pelo vírus da dengue. No ano passado, foram 1.094 óbitos contra 1.053 de 2022 - que já era um recorde. O aumento se deu principalmente em zonas rurais.
A doença, à princípio, era espalhada em centros urbanos, porém, no ano passado, a aparição do mosquito em locais onde não haviam registros da doença anteriormente provocou mais mortes.
São Paulo foi o estado com o índice mais alto no país: 286 óbitos em decorrência do vírus, 43,2% a menos quando comparado com o recorde estabelecido em 2015, quando 504 pessoas faleceram por causa do Aedes aegypti.
Com exceção do Acre, do Amapá e de Roraima, todos os outros estados brasileiros registraram ao menos uma morte causada por dengue no último ano.
Segundo a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, a previsão do Ministério da Saúde para 2024 varia entre 1,7 e 5 milhões de casos. Não é possível estimar a quantidade de mortes em decorrência do vírus, pois cada corpo reage de uma forma.
Fontes: Luciana Coelho, Folhapress
Band.com.br
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