A operação Kariri, deflagrada na quarta-feira (21), teve como principal alvo Rener Manoel Umbuzeiro, acusado de liderar uma organização criminosa que atuava no plantio e no tráfico de maconha. Rener foi morto na operação -segundo a Polícia Federal, ele teria reagido à abordagem dos agentes.
Seis pessoas da mesma família foram presas na operação. O pedido de prisão feito pelo Ministério Público do Estado da Bahia e acatado pela Justiça aponta que os membros da família ocultaram bens e teriam lavado dinheiro do tráfico de drogas com imóveis e fazendas.
Em mais detalhes divulgados pela promotoria, a família Umbuzeiro teria começado a atuar no tráfico de drogas há cerca de 30 anos no sertão de Pernambuco. Há cerca de dez anos, Rener, esposa e filhos mudaram-se com a família para Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia.
A família estabeleceu um estilo de vida de alto padrão e adquiriu imóveis de luxo. A investigação apontou Rener e a esposa utilizavam os filhos "para blindagem de patrimônio", com a transferência e o registro de imóveis em nome deles.
Segundo as investigações, Niedja e a filha Larissa tinham "pleno conhecimento de que os recursos utilizados para aquisição [de imóveis] eram fruto de atividades ilícitas" e, em razão disso, ambas se mobilizavam para ocultar o patrimônio e as transações financeiras.
A despeito de não exercer nenhuma atividade legal remunerada, o casal morava em um apartamento avaliado em R$ 1,4 milhão. A filha do casal também tinha imóveis em seu nome e cursou medicina em uma faculdade privada com mensalidade de R$ 12 mil mensais.
Mesmo ostentando um alto padrão financeiro, Rener, a esposa e a filha foram beneficiários do auxílio emergencial fornecido pelo governo federal durante a pandemia da Covid-19.
Além dos sete mandados de prisão, 20 de busca e apreensão, a Justiça determinou o bloqueio de contas bancárias e imóveis cujo valor pode totalizar R$ 50 milhões. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
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