O presidente Lula participou da abertura da Bienal Internacional do Livro de São Paulo nesta quinta-feira (5) e confessou que não tem "disposição para ler".
O presidente fez a declaração em cerimônia na capital paulista que deu a largada para 27ª edição do evento. Lula disse que lia "em excesso" quando estava preso em Curitiba, realidade que mudou quando voltou à Presidência. "Confesso pra vocês que eu não tenho disposição de ler, não tenho disposição de ver televisão. Eu tenho disposição de tomar um banho, comer alguma coisinha e dormir", declarou
Lula anunciou, no evento, as bibliotecas comunitárias do Minha Casa Minha Vida. "A literatura é um direito humano", disse o presidente em referência a uma frase do crítico literário Antônio Candido. Segundo o ministro Jader Filho, os equipamentos de leitura serão obrigatórios em todos os condomínios do programa habitacional. Filho e Margareth Menezes assinaram um acordo para coordenar a implementação da iniciativa.
Abertura da Bienal teve participação dos ministros Margareth Menezes (Cultura), Camilo Santana (Educação), Jader Filho (Cidades). Também compareceu o ministro da Cultura, Artes e Saberes da Colômbia, Juan David Ulloa. Participaram, ainda, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), e o secretário de Educação da cidade de São Paulo na gestão Ricardo Nunes, Fernando Padula.
O presidente assinou também um decreto para a área da educação. A norma regulamenta a PNLE (Política Nacional de Leitura e Escrita) e prevê o fortalecimento de ações integradas das pastas da Cultura e Educação para fomentar a leitura. O decreto também fala sobre a construção do novo PNLL (Plano Nacional de Livro e Leitura).
O Ministério da Educação vai investir R$ 50 milhões na compra de acervo literário. Segundo o ministro Camilo Santana, o valor será destinado para o PNLD Infantil (Programa Nacional do Livro e do Material Didático Infantil). Além disso, a pasta vai abrir novo edital do PNLD Equidade para aquisição de livros literários que abordem temas voltadas para história e cultura de povos afro-indígenas e afro-brasileiros, além da disseminação dos direitos humanos.
"Eu li em excesso, com muita gana, quando estava preso. Depois que eu virei presidente, a única coisa que eu leio são as nominatas e os meus discursos. Confesso pra vocês que eu não tenho disposição de ler, não tenho disposição de ver televisão. Eu tenho disposição de tomar um banho, comer alguma coisinha e dormir, acordar inteiro no dia seguinte porque os problemas são muitos".
UOL
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