Hemocentros de todo o Brasil celebram, nesta segunda-feira (25), o Dia Nacional do Doador de Sangue, uma data instituída há 60 anos em homenagem à Associação Brasileira de Doadores Voluntários de Sangue.
A ocasião é estratégica para reforçar a importância da doação, já que o mês de novembro antecede períodos críticos para os estoques de sangue: as festas de fim de ano e as férias.
De acordo com o Ministério da Saúde, esses períodos costumam apresentar queda significativa na quantidade de doadores, ao mesmo tempo em que há um aumento na demanda por transfusões. O diretor-presidente da Fundação Hemocentro de Brasília, Osnei Okumoto, destaca que novembro também é marcado por um crescimento na procura por sangue devido ao aumento de cirurgias eletivas.
“Neste momento que se aproxima de dezembro, há o aumento das cirurgias eletivas de grande porte. Médicos, antes de sair de férias, querem atender seus pacientes, e os pacientes querem fazer cirurgias nesse período para chegar em dezembro totalmente recuperados”, explicou Okumoto em entrevista à Rádio Nacional de Brasília.
Outro ponto de preocupação é a situação crítica dos estoques dos tipos sanguíneos O positivo e O negativo, considerados essenciais para atender a alta demanda. “As pessoas falam: ‘ah, o O positivo tem bastante’, mas como 36% da população são O positivo, também temos 36% de chance de ter pacientes O positivo”, alertou o diretor.
O tipo O negativo, considerado doador universal e mais raro, apresenta estoques ainda mais preocupantes em diversos estados, incluindo São Paulo, onde se encontra a maior rede de hemocentros do país.
Com o apelo reforçado nesta data, hemocentros esperam mobilizar a população a doar sangue, contribuindo para salvar vidas e evitar situações críticas nos hospitais.
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