Uma mulher morreu no Hospital Regional Vicentina Goulart em Jacobina na madrugada desta quarta feira, 8/01, após complicações decorrentes de ingestão de produtos tóxico.
Segundo informações apuradas pela redação do Bahia Acontece a vítima era da cidade de Caldeirão Grande e foi socorrida para o Hospital Regional de Jacobina após ingerir soda cáustica.
Ela chegou ainda com vida no hospital mas seu quadro clínico se agravou evoluído para óbito.
A equipe do departamento de Polícia técnica de Jacobina removeu o corpo para a sede do órgão na manhã desta quarta-feira.
Prevenção do Suicídio
A Organização Mundial da Saúde alerta que o suicídio está entre as principais causas de morte ao redor do mundo. No Brasil estima-se que cerca de 15 mil pessoas cometem o ato todos os anos. Cada suicídio traz uma série de consequências trágicas para amigos, familiares e para a comunidade. Todos nós podemos ajudar reconhecendo sinais de alerta e se aproximando para conversar e ajudar. O suicídio é um fenômeno complexo e considerado um sério problema de saúde pública. Existem estudos científicos que identificaram relações entre suicídios consumados e certas características demográficas e fatores biopsicossociais, a partir desses estudos, diversos países e organizações de profissionais da saúde desenvolveram estratégias de prevenção do suicídio. Entretanto, apesar de algumas pessoas manifestarem alguns sinais e/ou apresentarem fatores de risco, é importante lembrar que outras podem não os indicar nitidamente, sendo necessário um cuidado integral, interdisciplinar e intersetorial.
Alguns alertas e pontos de atenção
Dessa maneira, por meio de ações compreensivas e coordenadas é possível prevenir o suicídio. Em outras palavras, é preciso reconhecer os sinais de alerta, conhecer os fatores de risco e os fatores protetivos e, a partir disso, coordenar ações preventivas que envolvam políticas públicas, profissionais de saúde e, especialmente, a comunidade e as pessoas de maneira geral.
Alguns sinais de alerta são:
falas frequentes sobre morte, morrer ou suicídio
comentários sobre sentir-se sem esperança, sem valor ou sem sentido de vida
aumento de consumo de álcool ou drogas
evitação social e solidão
mudanças drásticas de humor ou comportamento
despedidas e doação de bens pessoais
acesso a armas ou meios letais
envolvimento incomum em riscos
Os principais fatores de risco são:
tentativa prévia de suicídio
histórico de abuso de substância, como álcool ou outras drogas
histórico de transtornos mentais, como depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia ou dependência química
perda recente de pessoa próxima
problemas importantes de relacionamento
Os principais fatores protetivos são:
vínculos saudáveis interpessoais, familiares e sociais
ambiente familiar e de trabalho acolhedores
capacidades pessoais de resolução de problemas e conflitos
envolvimento em atividades sociais
acesso à serviços de saúde mental
detecção e tratamento precoce de transtornos mentais
contexto social com proteção aos Direitos Humanos
acesso a condições básicas de vida como alimentação, habitação, educação, trabalho, assistência social, entre outros.
Atuar para prevenir o suicídio é uma preocupação para toda sociedade, não apenas para governos, instituições ou profissionais de saúde mental. A maneira de agir depende da situação identificada, que pode ser desde uma conversa acolhedora até acionar serviços de urgência e emergência. Por isso, é importante haver divulgação dos serviços de saúde e segurança, orientações sobre como lidar quando temos alguém próximo em risco, além de estimular valores sociais de cuidado e combate à violência.
Profissionais de saúde mental são habilitados para atender as pessoas em risco ou em sofrimento, ainda assim, não substituiu a presença e apoio das pessoas próximas. Falar com alguém sobre suicídio pode ser difícil, mas a melhor maneira de ajudar é conversando com a pessoa, falar sobre não vai influenciar a pessoa a pensar ou cometer suicídio. Na verdade, dar oportunidade de expressar seus sentimentos pode aliviar o isolamento e os sentimentos negativos reprimidos e pode, com isso, reduzir o risco de suicídio. Não há um jeito certo de dizer que se importa, mas as dicas a seguir podem ajudar a iniciar uma conversa e entender o que está acontecendo com a pessoa com quem está preocupado:
Aproxime-se
Pergunte genuinamente como a pessoa está se sentindo.
Diga que percebeu que a pessoa não está bem.
Disponha-se para conversar.
Pergunte o que pode fazer para ajudar.
Se a pessoa não está pronta para falar, você pode dizer que está ali para ajudar e a pessoa pode te procurar quando quiser conversar.
Ouça
Procure deixar a pessoa confortável e deixe-a falar.
Tente entender a pessoa antes de fazer qualquer sugestão.
Não julgue.
Não ofereça soluções simplistas nem pregue um otimismo ingênuo. Frases como “tudo vai ficar bem” ou “a vida é boa” não ajudam.
Não se desespere. Sua própria ansiedade pode tensionar você a tentar resolver a situação, mas na maioria das vezes, a melhor ajuda que você pode oferecer é ouvir atentamente.
Conecte-se
Disponha-se a ajudar e a procurar ajuda profissional em saúde mental.
Continue interessado mesmo depois que a pessoa iniciou algum acompanhamento de saúde.
Não tenha medo de admitir que não tem alguma resposta.
Não tenha medo de perguntar se a pessoa pensa em suicídio, isso não vai incentivar a pessoa a cometer esse ato.
Proteja
Mantenha a pessoa segura se ela está em crise.
Reduza o quanto puder o acesso a meios letais.
Não deixe a pessoa sozinha e procure ajuda.
O SAMU (192) e o Corpo de bombeiros (193) são preparados para atuar em situações de urgência e emergência.
Conversando com alguém quando tenho pensamentos ou intenções suicidas
Pensar em suicídio pode ser assustador. Talvez seja a primeira vez ou talvez esses pensamentos já estão por aí há um tempo e você não sabe o que fazer ou como encontrar ajuda. Você pode sentir vergonha de falar sobre seus pensamentos suicidas ou temer que as pessoas julguem ou não levem você a sério, mas falar com alguém que você confia e se sente confortável é importante para encontrar a ajuda que você precisa.
Converse com alguém sobre como você se sente:
Converse com alguém que te deixe confortável e em quem você confia, como alguém da família, algum professor, amigo ou profissional de saúde.
Trate a conversa como uma conversa comum, afinal, pedir ajuda é algo normal. Você pode descrever o que está acontecendo, como se sente e que tipo de ajuda você precisa. Tente ser claro, assim a pessoa pode entender você.
Esteja preparado para a reação das pessoas. Ao ouvir sobre pensamentos suicidas, algumas pessoas podem ficar confusas ou emocionadas a princípio. Continue conversando e juntos vocês podem encontrar ajuda.
Peça ajuda para encontrar atendimento em saúde mental.
Entenda que as pessoas se importam. É importante ter ajuda de amigos e se você diz a eles que pensa em suicídio, não espere que eles mantenham segredo. Eles vão tentar ajudá-lo e isso significa pedir ajuda a outras pessoas
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