Os cabos Edilberto Barros do Nascimento e Rubens da Silva, e os sargentos Isaías Souza do Carmo e Ubirani Soares, indiciados sob suspeita de duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver, se apresentaram na manhã de hoje no quartel-general da PM, no centro do Rio, para onde foram transferidos desde que foram afastados do patrulhamento.

A Justiça do Rio decretou na noite de ontem (20) a prisão temporária dos quatro policiais, após pedido do Ministério Público do Rio. Eles deixaram o quartel acompanhados de policiais da Corregedoria da PM.

Em seguida, foram encaminhados ao Hospital Geral da PM, no Estácio (zona norte), onde fizeram exame de corpo de delito. Mais cedo, o advogado dos policiais, Edson Ferreira, disse que eles seguiriam o ritual da polícia e ficariam presos no Bepe, sem passar pela Delegacia de Homicídios da Baixada, responsável pela investigação.

Questionado se entraria com pedido de habeas corpus na Justiça, o defensor disse que ainda analisa o caso e estuda qual medida vai tomar.

Juan foi baleado no dia 20 de junho. O garoto, que estava com o irmão de 14 anos, se deparou com um suposto tiroteio na favela entre policiais e traficantes.Testemunhas disseram ter viso Juan sendo baleado.

Anteontem, o delegado da Delegacia de Homicídios da Baixada, Ricardo Barbosa, afirmou que a perícia e as investigações apontam que os disparos que atingiram Juan partiram de fuzis da PM. Além disso, Barbosa destacou não ter sido comprovado que houve confronto no dia do desaparecimento da criança.

Após ficar desaparecido por cerca de dez dias, o corpo de Juan foi encontrado às margens de um rio em Nova Iguaçu. O corpo foi identificado inicialmente, pela perícia, como sendo de uma menina, mas exames de DNA comprovaram que se tratava de Juan.

A perita responsável pela primeira análise foi afastada e é alvo de sindicância. Para a polícia, ela foi "precipitada".

FOLHA.COM

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