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Brasil responde por 11% dos homicídios no planeta, diz ONU



De acordo com relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), divulgado nesta quinta-feira (10), o Brasil foi responsável por mais de 11% dos homicídios registrados no mundo em 2012.

Segundo o "Estudo Global sobre o Homicídio 2013", que analisa o ano anterior ao título, o Brasil registrou 50.108 assassinatos no período, enquanto o total mundial ficou em 437 mil mortes.

A ONU afirma que o Brasil mantém uma taxa estável no panorama geral, com 25,1 homicídios dolosos por 100 mil habitantes; porém, existem disparidades drásticas entre as diferentes regiões do país. Enquanto nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo a taxa de mortes vem caindo, nas regiões Norte e Nordeste ela subiu. 

Na Bahia, o número de mortes violenta cresceu 75%; já na Paraíba, o aumento foi de 150%. Entre os estados nordestinos, apenas um passou por redução: Pernambuco, que apresentou queda de 38,1%.

No relatório, o órgão revela que, das 437 mil pessoas assassinadas no mundo em 2012, 80% eram homens e 20% mulheres. Entre os autores, 95% eram do sexo masculino e 5% do feminino. Do total de mortes, 15% (63 mil) ocorreram devido à violência doméstica, com cerca de 70% (43.600) das vítimas sendo mulheres). 

Diretor de Análise de Políticas e Assuntos Públicos do órgão, Jean-Luc Lemahieu comentou o fato:

"Há uma necessidade urgente de entender como o crime violento está afetando países de todo o mundo, particularmente homens jovens e também as mulheres."

Mais da metade das vítimas de homicídio doloso tinham menos de 30 anos e cerca de 8% eram menores de 15 anos, o que corresponde a 36.000 pessoas.

As regiões mais violentas do mundo no ano retrasado foram a América Central e o sul da África, lugares onde onde a proporção de assassinatos é de 26 e 30 para cada 100.000 habitantes, respectivamente. Já a média mundial é de 6,2 para 100.000 pessoas. Os locais mais pacíficos do planeta foram o lesta da Ásia e as regiões sul e Oeste da Europa, com números cinco vezes mais baixos que a média mundial.

Com informações de G1

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