Justiça barra repasses e obras olímpicas podem ser interrompidas



Justiça Federal informou nesta terça-feira que mandou suspender os repasses da Caixa Econômica Federal (CEF) ao consórcio responsável pela área norte do Complexo Esportivo de Deodoro e, faltando 128 dias para o início da Olimpíada do Rio de Janeiro, as obras correm o risco de ser interrompidas. PUB A suspensão dos pagamentos atendeu a pedido da Controladoria Geral da União (CGU) e do Ministério Público Federal (MPF), que suspeitam de fraude na documentação apresentada pelas construtoras Queiroz Galvão e OAS, parceiras no consórcio. O grupo foi o único a apresentar proposta para execução das obras na área norte do Complexo de Deodoro. A licitação foi vencida em junho de 2014 ao custo de R$ 643,7 milhões. O valor do repasse bloqueado não foi informado pela Justiça Federal porque o processo tramita sob sigilo. Procurada pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a CEF confirmou a suspensão do pagamento, mas não deu detalhes, também sob a alegação de segredo de Justiça. A mesma posição foi adotada pela CGU. O órgão de controle, contudo, confirmou ter realizado "um trabalho de auditoria envolvendo as obras do Complexo de Deodoro e os achados (constatações) foram compartilhados com o MPF". Em agosto do ano passado, a Caixa já havia repassado ao consórcio um total de R$ 159,69 milhões, segundo os dados mais recentes disponíveis no Portal da Transparência, site do governo federal que relaciona os gastos públicos. O jornal "O Globo" divulgou nesta terça que foram suspensos repasses que somam R$ 128,5 milhões.

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