Pilotos rebaixam nível de segurança do espaço aéreo brasileiro





A pouco mais de 100 dias para os Jogos Olímpicos, o espaço aéreo brasileiro teve seu nível de segurança rebaixado para um patamar classificado como "criticamente deficiente". A decisão foi tomada pela IFALPA (International Federation of Air Line Pilots Association), uma associação de pilotos vinculada à ICAO, agência especializada em aviação das Organização das Nações Unidas.
O motivo do rebaixamento é o "risco iminente de acidente entre aeronaves e balões". A mudança faz com que o espaço aéreo do país tenha a mesma classificação de risco de países com zonas de guerra ou sem sistema de controleo de tráfego aéreo. A decisão foi informada oficialmente às autoridades brasileiras por meio de uma carta enviada pela IFALPA à Secretaria de Aviação Civil.
Uma das principais consequências da nova classificação é o aumento do valor do seguro exigido para empresas áreas, o que pode desestimular companhias estrangeiras a voar para o Brasil, inclusive durante a Olimpíada. Além disso, o aumento do valor do seguro também pode encarecer o valor das passagens. Outro reflexo é uma maior rigidez nos certificados internacionais exigidos por companhias brasileiras.
Em resposta à IFALPA, a Secretaria de Aviação esclareceu, em nota, que o controle do espaço aéreo brasileiro é "um dos quatro mais seguros do mundo", como aponta a auditoria da ICAO de 2015. "É importante ressaltar que no Brasil fabricar, vender, transportar e soltar balões, é crime de acordo com a Lei nº 9.605 de 1998", acrescenta a secretaria.

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