"Eu fui o melhor presidente da história do Brasil. Eu teria que competir contra mim mesmo.", diz Lula em entrevista no exterior


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O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva concedeu entrevista nesta segunda-feira (4) ao jornal inglês The Guardian. Na conversa, o petista enalteceu as conquistas de seu governo e de Dilma Rousseff, atribuiu uma tentativa de destruir sua imagem à mídia brasileira e aos procuradores que o investigam e diz acreditar que o PT e a justiça reverterão o processo de impeachment.

O texto inicia descrevendo o choro de Lula ao assistir à votação do processo de impeachment na Câmara dos Deputados. O ex-presidente justifica a emoção por ver "ruir" o projeto que o PT construiu nos 14 anos de governo.

O petista atribui a reação da classe política ao votar o impeachment como um demonstrativo de como as melhorias sociais desencadeadas em seus anos no Planalto incomodaram setores da população. Lula diz que a elite não quis compartilhar o acesso ampliado a teatros, aeroportos e nas ruas.

Em contraposição, diz Lula, houve um movimento da mídia contra seu possível retorno. "É tudo com um objetivo: condenar o Lula. 'Não podemos permitir que este homem concorra [à presidência] em 2018'", afirma ao jornal.

Diz o jornal que todo o processo de afastamento do PT do poder deixou o ex-presidente "frustrado", já que não perderam nenhuma eleição desde 1998. Disse Lula ao Guardian que a "direita não quer esperar", como ele fez ao perder três eleições no passado.

Para Lula, a forma de estabilizar a situação, trazer o equilíbrio de volta e pleitear a permanência, Dilma deve deixar claro o que fará no governo caso retorne ao Planalto.

ARREPENDIMENTO?

Na entrevista, Lula aproveita para rechaçar o suposto arrependimento de ter indicado Dilma Rousseff para sua sucessão. Ao contrário do que indicaram os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e José Sarney, o petista se diz orgulhoso de ter indicado e eleito Dilma.

Questionado se pretende voltar ao poder, Lula diz que gostaria que outro candidato petista concorresse ao cargo. Ele deixará, porém, a decisão para o partido, considerando que ainda é um dos políticos com maior popularidade do país, segundo recentes pesquisas de opinião.

"Eu fui o melhor presidente da história do Brasil. É quase uma missão impossível tentar repetir esse desempenho. Eu teria que competir contra mim mesmo."

MSN

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