O juiz federal Sérgio Moro determinou nesta quinta-feira (20) um novo bloqueio contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desta vez, a medida sequestra R$ 9 milhões em planos de previdência privada, atendendo a um pedido do Ministério Público Federal (MPF).
O objetivo é garantir o ressarcimento aos cofres públicos caso a condenação do petista a nove anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro seja confirmada pelas instâncias superiores.
O valor se soma aos R$ 600 mil que já haviam sido bloqueados anteriormente por Moro, cifra que se refere às quantias encontradas nas quatro contas de Lula.
O ex-presidente tem dois planos de previdência privada: um com saldo de R$ 7,19 milhões, atribuída a sua empresa de palestras (Lils), e outra de R$ 1,8 milhão, esta em seu nome.
Ainda que estejam bloqueados, os valores só podem ser tirados em definitivo de Lula quando a sentença transitar em julgado, ou seja, quando o caso encerrar na última instância. Se isso acontecer, as quantias serão repassadas à Petrobras, que seria a vítima dos crimes.
Moro também já determinou o bloqueio de três imóveis do líder petista, incluindo sua residência, e de dois automóveis. Segundo o juiz, agentes do PT obtiveram R$ 16 milhões em vantagens indevidas a partir de um contrato envolvendo a Refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, e o Consórcio Conest, que reúne Odebrecht e OAS.
Desse total, R$ 2,2 milhões teriam sido dados ao ex-presidente, na forma de um apartamento triplex no Guarujá (SP), que também foi confiscado. (ANSA)
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