Hospital Regional de Irecê realiza primeira cirurgia de captação de órgãos


Às 6h15 da manhã dessa sexta-feira (19), uma aeronave com a equipe da Central Estadual de Transplantes da Bahia aterrissou no aeroporto Nobelino Dourado da cidade de Irecê, à 477 quilômetros de Salvador, para realizar a primeira captação de órgãos do Hospital Regional Dr. Mário Dourado Sobrinho, unidade administrada pelas Obras Sociais Irmã Dulce. Por volta das 7h, a captação foi iniciada no Centro Cirúrgico da unidade pelo médico Rodrigo Serapião Mendes, a enfermeira Luciana Jaqueline Xavier Pereira Machado e a instrumentadora Edilene Pereira dos Santos, profissionais da Central Estadual de Transplantes. Os médicos Durval Dias Lago, Severino de Abreu e Emerson Gadea do Hospital Regional de Irecê também participaram do procedimento, concluído por volta das 9h30.



Ao todo, foram retirados seis órgãos, sendo coração, fígado, dois rins e duas córneas. Até seis pessoas podem ser beneficiadas com a captação desses órgãos. O fígado captado foi enviado para Fortaleza, onde uma equipe médica já esperava para realizar o transplante de um paciente que aguardava na fila. "Esse momento é um marco para toda a região de Irecê. Essa doação é fruto de um trabalho que está sendo feito e a sociedade vai percebendo que o processo de doação funciona e a tendência é aumentar e estimular mais doações para salvar mais vidas. Parabéns a toda equipe do hospital por todo empenho e dedicação durante esse processo", explica Rodrigo Mendes.

A captação de órgãos foi autorizada pela família da paciente Ozenita Oliveira de Souza, 65 anos, da cidade de João Dourado, que teve a confirmação de morte encefálica, após um Acidente Vascular Cerebral (AVC). "A vida da minha mãe foi sempre de servir e agradar as pessoas. Sei que se ela pudesse responder, certamente ela diria que todos os seus órgãos poderiam ser doados. Mesmo nesse momento de tanta dor tomamos essa decisão seus seis filhos e o nosso pai, foi ele quem tomou essa decisão e toda a família o apoiou. A saudade e a dor é enorme, mas, temos alegria e conforto de saber que podemos salvar muitas vidas", conta Cristiano Oliveira Souza, um dos seis filhos de dona Ozenita.

Fonte: Assessoria

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