Casas dentro um assentamento na Fazenda Tererê, na região de Catu de Abrantes, foram destruídas por um trator na madrugada deste sábado (20). Homens encapuzados expulsaram os moradores da localidade e derrubaram os barracos.
Em entrevista à TV Bahia, um dos moradores contou o pânico que viveu. "Eu estava dormindo, por volta de 1h30, quando chegaram de quatro a cinco carros e vi eles gritando: 'Corre, a bruxa chegou! Corre'". Primeiro derrubou o barraco do colega. Aí de lá para cá vieram derrubando os barracos", contou.
Moradores contam que há especulação imobiliária para a construçõa de um condomínio de luxo na região. Os suspeitos de participar da ação também queimaram bens. "Eles entraram nas casas e, quando a gente evadiu, eles saíram saqueando tudo. No caminho, quando eles se depararam com a viatura, saíram dispensando alguns móveis da gente. Foi uma agonia arretada, tocaram fogo nas casas e a gente correu para o mato", disse um outro morador.
Três suspeitos foram presos por policiais militares e levados para a 26ª Delegacia Territorial (DT/Abrantes). O trator também foi levado para a unidade policial. Após o registro da ocorrência, os envolvidos foram encaminhados à 27ª Delegacia Territorial (DT/Itinga) Correios.
5 POLICIAIS MILITARES ESTÃO ENTRE OS SUSPEITOS.
A Polícia Militar confirmou que cinco policiais militares estão entre os envolvidos no ataque ao assentamento localizado em Catu de Abrantes, no município de Camaçari, na região metropolitana de Salvador, na madrugada deste sábado (20).
Moradores já haviam comentado a presença de policiais na ação, mas a presença dos militares só foi confirmada no final da tarde pela Polícia Militar, através de nota. Homens encapuzados invadiram o assentamento e derrubaram casas com tratores. No local, moravam cerca de 30 famílias.
Todos os suspeitos, incluindo cinco PMs, foram apresentados na 27ª Delegacia, em Itinga, em Lauro de Freitas. Em seguida, os policiais militares foram conduzidos para a Corregedoria-Geral da PMBA. A polícia não divulgou se os militares seguem presos.
Fonte: Correio / G1
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