O governo federal decidiu adiar o Concurso Público Nacional Unificado, conhecido como “Enem dos concursos”, em todo o país. As provas seriam aplicadas neste domingo (5).
O adiamento estava sendo avaliado pela equipe ministerial do governo, diante da situação de calamidade no Rio Grande do Sul, provocada por fortes chuvas que assolam a região.
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) do Brasil, Esther Dweck, disse em coletiva nesta sexta-feira (3) que ainda não definiram uma nova data.
“Quero deixar claro: nas próximas semanas poderemos divulgar uma nova data, mas neste momento a questão logística da prova não nos permite dar uma nova data com segurança”, disse Dweck.
Ela acrescentou que “a conclusão que tivemos é de que seria impossível realizar a prova no Rio Grande do Sul, seja pelos locais de provas afetados, pela impossibilidade de segurança na realização das provas, seja pelo risco de vida das pessoas envolvidas neste processo”.
Em sua fala, a ministra afirmou reiteradamente que a ideia do MGI é democratizar o acesso aos concursos por meio do CPNU. Na sua avaliação, o adiamento protege os moradores das regiões afetadas pelas chuvas, mas também pessoas de outros estados de possível judicialização das provas.
Dweck, cuja pasta está à frente na organização do concurso, chegou a consultar o advogado-geral da União, Jorge Messias, sobre as providências jurídicas que podem ser tomadas sobre o caso.
Na quinta-feira (2), a pasta havia dito em nota que a aplicação do concurso seria mantida no domingo.
Balanço divulgado pelo governo do Rio Grande do Sul no início da tarde desta sexta mostra que o número de mortos em razão das fortes chuvas que atingem o estado desde o início da semana subiu para 37. Ao todo, 235 municípios foram afetados.
De acordo com dados do MGI, cerca de 100 mil pessoas estavam envolvidas com a prova — sendo 80 mil candidatos e 20 mil profissionais que atuam na logística do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU).
CNN
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