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De cara limpa e sem o menor receio, bandidos , geralmente em dupla, chegam a qualquer hora do dia e levam sem qualquer cerimônia mercadorias, celulares e dinheiro dos caixas dos estabelecimentos comerciais, usando em alguns casos violência excessiva e desaparecendo em seguida sem deixar rastros.

Tudo começõu à partir da última segunda-feira, 23 quando uma dupla armada assaltou a empresa Planeta Água. Dia 26, foram registrados mais dois assaltos. O primeiro caso aconteceu em pleno calçadão da cidade por volta das 12h40. Uma dupla armada levou da loja Vitória Fashion a quantia de R$ 40.00 e um celular. Um pouco mais tarde, às 14h10, dois elementos levaram da loja Fraldas e Cia, localizada na rua da Saudade, um celular e uma certa quantia em dinheiro não divulgada. Sábado mais duas ocorrências foram registradas. Uma tentativa de furto foi frustrada por um policial à paisana em uma loja da Praça Rio Branco onze horas da manhã, onde na oportunidade um elemento foi preso e outro conseguiu fugir após colocar a mão embaixo da camisa e ameaçar puxar uma suposta arma. Já a noite a bola da vez foi a farmácia Vitória, mais uma empresa vitimada pela famigerada dupla armada. E ontem, 30, durante o fim da tarde, mais uma loja foi assaltada por uma dupla armada que se utilizou de uma moto de dados não anotados para fugir levando da loja Real Esporte cerca de R$ 200,00 e produtos do estoque. Fazendo-se uma conta simples, contando-se os dias uteis, mantém-se a média de quase um assalto por dia durante o período de uma segunda a outra. Um dado preocupante que acende um sinal de alerta, mas a quem cobrar por soluções?
Temos que reconhecer que por mais que os policiais se esforcem é difícil responder à altura a situações como estas em uma cidade com mais de oitenta mil habitantes em sua sede e que conta apenas com três viaturas em funcionamento, sendo que uma delas até pouco tempo tinha que ficar parada na Jacobina IV por decisão Judicial. A falta de investimentos na segurança pública por parte do governo do estado tem deixado policiais civis e militares, como diria minha avó, malhando em ferro frio, tendo que tirar leite de pedra, cobrando o escanteio e correndo para cabecear. Em frente a sede da 24ª CIPM , várias viaturas que poderiam estar auxiliando no patrulhamento do município literalmente se despedaçam ao sabor do tempo. A polícia civil por sua vez faz um trabalho que considero heróico no nosso município, se atentar-mos para o fato de que, pelo porte do município, Jacobina deveria ter pelo menos o dobro de investigadores em seu quadro de servidores. Vamos mais além: Onde estão as câmeras de monitoramento tão sonhada e prometida para o nosso município, mas que até o momento não passou apenas de falácia? Vemos municípios até menores que Jacobina conseguirem instalar centrais de monitoramento, mas aquí ... . A presença efetiva da Guarda Municipal de forma preventiva pelas ruas da cidade também poderia inibir a ação de bandidos. O investimento do município em equipamentos e viaturas para a Guarda Municipal,  que diante do que o município recolhe de tributos e FPM significaria um investimento quase que irrisório, poderia contribuir diretamente na diminuição nos índices de criminalidade do município, mas...O que percebemos é que aquí em Jacobina parece que as coisas são mais difíceis que em outros lugares. Falta investimento em todos os âmbitos do poder, falta interesse e representação política, falta mobilização da sociedade, falta, falta , falta... A única coisa que sobra é a sensação de insegurança. Enquanto isso, toda vez que uma pessoa entrar em uma loja do comércio local, funcionários e empresários terão que fazer sempre a mesma pergunta: Será que é um cliente ou mais um assaltante?


EMERSON ROCHA.

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