A estatística é fruto do aumento vertiginoso da frota de motos no País, que já causou 65 mil mortes entre os anos 2000 e 2010. A situação está sendo vista como “uma das suas piores epidemias”.

Recentemente, na capital paulista, onde há um milhão de motos em (louca) circulação, morrem dois motoqueiros por dia.

Mas, por incrível que possa parecer, não é em São Paulo e muito menos na região Sudeste que se concentra o maior número de mortes, proporcionalmente. É nas pequenas cidades do interior, no Norte e Nordeste, que ocorrem as maiores taxas de mortalidade.

Outro dado chocante: o perfil das vítimas é o mesmo, ou seja, jovens entre 20 e 29 anos. A maioria das causas deste morticínio é a total ignorância dos motoqueiros, considerando-se o tremendo risco que representa este veiculo. Em muitos casos, contudo, os motoqueiros cumprem tarefas e metas e são submetidos a essa situação.

Mas o pouco caso no uso dos equipamentos de segurança (é comum ver uma família inteira em uma só moto), a inexistência de fiscalização rigorosa, o péssimo estado das vias e, é claro, a pobreza da população, que, na sua maioria, usa motos sem boa conservação, ora como meio de transporte, ora como instrumento de trabalho, para ganhar a vida.

Se as motos já se transformaram praticamente no principal meio de transporte das populações menos favorecidas, principalmente no interior, já é tempo de as autoridades darem uma atenção maior tanto na fiscalização quanto nas condições de uso, como pistas, regulamentação, etc

Interior da Bahia

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