Polícia Civil de Minas troca tiros com 10 agentes de SP que estavam com 14 milhões em notas falsas. Um policial de Minas morreu na ação

Malas com dinheiro foram apreendidas em MG

A Polícia Civil de Minas Gerais apreendeu a quantia de R$ 14 milhões na última sexta-feira (19), depois de uma troca de tiros entre os agentes da corporação e policiais civis de São Paulo

Um policial mineiro foi morto no confronto e dez agentes da polícia paulista foram presos. O dinheiro estava no estacionamento do Hospital Monte Sinai, na cidade de Juiz de Fora (MG).

De acordo com o boletim de ocorrência, a quantia era formada apenas por notas de R$ 100 e, em sua maioria, "aparentam ser falsas", embora existam algumas verdadeiras.

O dinheiro estava dentro de seis malas no porta-malas de um Toyota Etios, cinza, com placas de Belo Horizonte. O veículo, que estava estacionado no hospital, foi apreendido.



Em contato com a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), a reportagem do R7 foi informada que o caso ainda está em apuração.

Porém, já emitiu um comunicado em que afirma que "o delegado divisionário da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo está em Juiz de Fora em contato constante com a Polícia Judiciária mineira para auxiliar pessoalmente nas investigações, a fim de apurar todas as circunstâncias do caso".

O comunicado da SSP ressalta que a pasta "não compactua com desvios de conduta de seus agentes e, caso haja alguma irregularidade, os envolvidos serão responsabilizados."

A Agência Record entrou em contato com a Polícia Civil de São Paulo, que informou que "equipes do GOE (Grupo de Operações Especiais) estão a caminho de Juiz de Fora para levantar informações."

O R7 também entrou em contato por e-mail e telefone com a assessoria da SESP-MG (Secretaria de Estado de Segurança Pública de Minas Gerais) e foi informado que a secretaria ainda aguarda "o final do procedimento investigativo, que está em andamento em Juiz de Fora, para passar um posicionamento."

Em outro contato, com a Polícia Civil de Minas Gerais, a reportagem foi informada pela delegacia de plantão de Juiz de Fora que o caso segue em apuração e pode levar mais tempo do que o normal, já que o ocorrido envolve policiais de outro Estado.

Apuração do crime


Uma das hipóteses investigadas é que tiroteio ocorreu durante a negociação de um lote de medicamentos para anestesia, fruto de contrabando, para o hospital. Agentes civis de Minas Gerais teriam descoberto a transação e foram ao local para apreender o dinheiro.

A apuração preliminar aponta que o policial mineiro foi morto por um informante, que acompanhava os policiais civis de São Paulo. Ele seria irmão de um dos agentes de segurança paulistas.

Entenda o caso

Ontem, 10 policiais civis de São Paulo foram detidos por agentes civis de Minas Gerais após o confronto, que terminou na morte de um policial mineiro durante a tarde. A troca de tiros ocorreu no estacionamento do Hospital Monte Sinai, em Juiz de Fora (MG).

Segundo a delegacia de plantão de Juiz de Fora, os policiais paulistas teriam trocado tiros com os policiais civis de Minas Gerais. Ainda de acordo com a Polícia Civil, um policial mineiro morreu e um homem de São Paulo, que não é policial, foi baleado.

Os policiais paulistas foram detidos e levados para a delegacia de plantão de Juiz de Fora, onde permanecem. O caso foi registrado e a Polícia Civil de Minas Gerais investiga o caso.

A assessoria do Complexo Hospitalar Monte Sinai, de Juiz de Fora, informou ao R7 que o caso ocorreu no estacionamento do Centro Médico, prédio do complexo onde estão os consultórios. Segundo o hospital, o caso resultou em uma morte e dois feridos. A vítima fatal era um policial civil de Minas.

Quanto aos feridos, o hospital informou que um deles levou um tiro no abdômen, passou por cirurgia e agora está sedado na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). O outro foi alvejado no pé, também passou por cirurgia e agora descansa em um dos apartamentos do hospital. Ambos estão escoltados pela polícia militar local.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Raphael Hakime, e com colaboração de Rafael Custódio, da Agência Record

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