Um grupo de 128 cubanos que participou das manifestações de 11 e 12 de julho de 2021 em Havana foi condenado a penas de 6 a 30 anos de prisão, informou nesta quarta-feira (16) o Tribunal Supremo de Cuba.
Nos julgamentos, realizados entre 14 de dezembro e 3 de fevereiro, foram julgados 129 participantes dos protestos nos bairros de Diez de Octubre e La Güinera, "acusados de cometer e provocar graves distúrbios e atos de vandalismo", disse o Tribunal Supremo (TSP) em comunicado publicado em seu site.
Dos 129 réus, 128 foram considerados culpados de crimes de sedição e furto, e dois deles, Dayron Martín Rodríguez e Miguel Páez Estiven, foram condenados a 30 anos de prisão, acrescentou a nota.
Segundo o comunicado, ambos os grupos derrubaram veículos, incluindo viaturas, e atiraram pedras, garrafas e coquetéis molotov contra instalações da polícia e agentes do Ministério do Interior, causando "ferimentos a outras pessoas e sérios danos materiais".
Outros 125 envolvidos nos atos nos dois bairros foram condenados a entre 6 e 26 anos de prisão, um a 4 anos de trabalho correcional sem internação e outro foi absolvido. Todos podem recorrer de suas sentenças ao TSP.
Em La Güinera, houve uma morte, a única das históricas manifestações que eclodiram em quase 50 cidades cubanas sob gritos de "Liberdade" e "Temos fome".
O governo informou em 25 de janeiro que 790 pessoas, entre elas 55 menores de 18 anos, foram acusadas pelos protestos de julho. E outras 172 haviam sido condenadas até agora.
A ONG de direitos humanos Cubalex, com sede em Miami, disse que as sentenças impostas em julgamentos anteriores dos manifestantes de 11 de julho são excessivas e, em alguns casos, violam as garantias do devido processo.
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