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Queimadas explodem em cinco dos seis biomas brasileiros

 


Depois da tragédia com a enchentes no sul do país, a combinação entre El Niño e mudanças climáticas começa a mostrar seus impactos nas demais regiões do país. O Pantanal vive em junho uma seca excepcional, com número de queimadas 11 vezes maior do que a média para o mês. Levantamento realizado por ((o))eco em dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no entanto, mostra que esta é a realidade de quase todo o país: as queimadas explodiram em cinco dos seis biomas brasileiros.

Nos cinco primeiros meses de 2024, Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica apresentaram número de queimadas maior do que a média para o período.

Em alguns biomas, como é o caso da Amazônia e do Cerrado, o número de focos registrados praticamente dobrou em relação à média.




Pantanal

Entre janeiro e maio, o número de focos de calor registrados no Pantanal foi 97% maior do que a média para o período. Mas foi em junho que a situação tomou proporções emergenciais. 


Apenas nos primeiros 20 dias do mês, o INPE registrou 1729 focos, quando a média para o mês todo é de 154 focos. Isto é, ainda faltam 10 dias para o fim do mês e o número de queimadas registrado no bioma já é 11 vezes maior do que a média para o período.



“Nunca teve fogo no primeiro semestre no Pantanal. No primeiro semestre do ano, o Pantanal sempre esteve embaixo d´água, pela primeira vez a gente está com o Pantanal completamente seco no primeiro semestre”, disse o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, em entrevista coletiva na última terça-feira (18).



Para tentar conter a situação, na última sexta-feira (14) o Governo Federal criou uma “sala de situação”, visando a coordenação de ações de prevenção e combate aos incêndios e seca no país.


Segundo Agostinho, o Ibama contratou mais de dois mil brigadistas para atuar em todo o país, com foco inicial no Pantanal e na Amazônia.


Durante esta semana, os brigadistas atuaram principalmente no entorno de Corumbá, onde a situação é mais grave, na Transpantaneira e a oeste do rio Paraguai. Brigadistas também realizam ações de prevenção na Terra Indígena Kadiwéu e em unidades de conservação da região.

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