Caso Beatriz Mota: polícia divulga retrato falado de assassino

Suspeito de assassinar criança é moreno e tem altura entre 1,65 e 1,70
Suspeito de assassinar criança é moreno e
tem altura entre 1,65 e 1,70


Quase três meses após Beatriz Angélica Mota, 7 anos, ser assassinada a facadas durante uma festa de formatura de um colégio de Petrolina, no Agreste de Pernambuco, a Polícia Civil do Estado apresentou na manhã desta segunda-feira (22), no Recife, o retrato falado do suspeito de cometer o crime.

De acordo com a polícia, o homem é moreno, tem altura entre 1,65 e 1,70 e aparenta ter 70 quilos. A imagem mostra um rosto largo e olhos fundos. O retrato falado foi feito a partir do relato de três testemunhas, entre elas da mãe de Beatriz.

De acordo com o delegado especial designado para o caso, Marceone Ferreira Jacinto, um homem com estas características foi visto dentro do banheiro feminino e do masculino em "atitude suspeita", lavando o cabelo e o rosto.

O homem também teria sido visto durante muito tempo próximo ao bebedouro, para onde a menina disse que ia quando desapareceu. "A gente espera contribuição por parte da população com essa divulgação para que a gente possa estar recebendo informações e agregar nas investigações", afirmou o delegado.

Jacinto disse ainda que a família não reconheceu o homem, mas que a polícia não descarta nenhuma linha de investigação no momento, uma vez que o caso é de difícil elucidação.

O delegado chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Antônio Barros, afirmou que o caso de Beatriz é considerado atualmente o número 1 do órgão. "Todo esforço por parte da instituição está sendo direcionado para esse caso. Não tenho dúvidas de que a gente vai chegar a um resultado positivo", disse.

O Disque Denúncia oferece R$ 10 mil para quem prestar informações que ajudem a encontrar o assassino de Beatriz. A denúncia pode ser feita pelo telefone (81) 3719-4545 ou através do site http://www.disquedenunciape.com.br/.

Menina de 7 anos foi morta a facadas durante uma festa de formatura em Petrolina / Foto: reprodução/WhatsApp

ENTENDA O CASO - A menina Beatriz foi morta na noite de 10 de dezembro do ano passado dentro do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, onde seu pai, Sandro Romilton Ferreira, trabalha como professor de inglês. O corpo dela foi encontrado numa sala de material esportivo desativada, espaço mais afastado da mesma quadra em que acontecia a festa.

Durante a festa, o pai da criança chegou a subir ao palco em que aconteciam apresentações para pedir que os convidados ajudassem a localizar Beatriz. Minutos depois, o corpo dela foi encontrado, com 42 perfurações. A polícia já descartou que a menina tenha sofrido agressão sexual.

FEDERALIZAÇÃO DO CASO - Os pais de Beatriz, Sandro Romilton e Lúcia Mota, fizeram um apelo à presidente Dilma Rousseff para que ajudasse na elucidação do caso. Dilma esteve em Petrolina na semana passada para divulgar a campanha contra o mosquito Aedes aegypti.

No encontro, promovido pelo prefeito de Juazeiro (BA), Isaac Carvalho, o chefe do executivo municipal disse que entregou um ofício ao Ministério da Justiça para que a Polícia Federal assumisse ou apoiasse o caso. Porém, até o momento, não foi dada autorização para tal.

O chefe de comunicação da PF em Pernambuco, Giovani Santoro, afirmou que caso isto ocorra, as investigações ficarão a cargo da Polícia Federal da Bahia, já que Petrolina está na circunscrição de área de atuação daquele estado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário