Muitos municípios do Piauí não irão receber dinheiro para a realização das festas de carnaval. A medida foi tomada pelo governo do Estado que somente irá liberar emendas parlamentares e um auxílio da estrutura para cidades que possuem festas tradicionais de carnaval.
Segundo o vice-presidente da Associação Piauiense de Municípios (APPM), Marcus Vinícius Cunha, muitas prefeituras estão com salários de servidores e fornecedores atrasados e por isso não vão promover festas carnavalescas.
“A APPM fechou um acordo em recomendar que as prefeituras que tem algum nível de atraso salarial ou atraso significativo com fornecedores não realizem o carnaval. E mesmo aqueles que tenham uma tradição consolidada da realização da festa, que façam, mas de uma maneira modesta”, declarou.
A prefeitura de Teresina e o governo do Estado foram notificados pelo Ministério Público devido aos gastos de R$ 160 mil realizados no Corso que aconteceu sábado (30). De acordo com a promotora de justiça, Leila Diniz, os recursos públicos são destinados aos interesses primários, essenciais para a sociedade.
“Para nós do Ministério Público, recurso público apenas para o interesse público primário, aquele que é essencial à vida das pessoas. Primeiro a vida, habitação, educação, alimentação, saneamento básico”, explicou a promotora.
Em nota, a Prefeitura de Teresina reconheceu o papel do MP, mas entendeu que o Corso e o carnaval são manifestações culturais legítimas da população e que também merecem ser incentivadas. A administração municipal disse ainda que são eventos que movimentam a economia de toda a cidade, gerando renda para centenas de famílias.
G1
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