.

150 kb BANNER 728x90px EMBASA VAZAMENTO t2 (1)

Operação encontra seis homens que atuavam em condições de escravidão


Seis trabalhadores que atuavam em regime análogo à escravidão (Foto: Divulgação / PRF)


Seis homens mantidos em condições de trabalho análogas à escravidão foram identificados durante uma operação realizada na zona rural do município de Riachão das Neves, no oeste da Bahia. Intitulada como “Trabalho”, a ação que localizou os trabalhadores foi iniciada no domingo (14) e concluída nesta sexta-feira (19).
Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que integrou a ação, os homens que atuavam em regime análogo à escravidão foram encontrados em uma fazenda e trabalhavam no desmatamento de uma área que seria utilizada para criação de gado de corte.

Carne consumida pelos trabalhadores (Foto: Divulgação / PRF)

Os trabalhadores, segundo a PRF, dormiam em alojamentos improvisados, sem energia elétrica, água potável e sanitários. No que diz respeito à alimentação, a polícia destaca que a carne consumida pelos trabalhadores era conservada em sal e era mantida em um varal ao relento.
A PRF conta que os seis empregados da propriedade tinham a promessa de receber R$ 3 por cada árvore derrubada e transformada em toco para a criação de cercas. Nenhum dos trabalhadores possuía carteira assinada.
Além das condições de trabalho, a PRF diz que os empregados aplicavam agrotóxicos sem qualquer tipo de treinamento e sem os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados.

Punição
Nesta sexta-feira, a PRF afirmou que o empresário responsável pela propriedade efetuou o pagamento das rescisões de contrato dos trabalhadores na sede do Ministério do Trabalho, em Barreiras, bem como comprometeu-se a assinar a carteira de trabalho dos empregados libertados. As rescisões somaram o valor de R$ 15 mil. Os trabalhadores receberão também três parcelas de seguro desemprego.
Apesar do pagamento das rescisões, a PRF destaca que o fazendeiro se recusou a indenizar os envolvidos pelo crime cometido. Por isso, será ajuizada uma ação civil pública pelo MPT e DPU junto à Vara do Trabalho de Barreiras, postulando uma multa de R$ 1 milhão.

O alojamento onde os trabalhadores foram encontrados foi interditado pelos auditores, e os serviços na fazenda só poderão ser reiniciados após a correção das irregularidades.
O relatório da fiscalização realizada será encaminhado à Polícia Federal, que já foi acionada, para investigar o crime de redução de trabalhadores em condições análogas às de escravo.
Além da PRF, participaram da operação a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ministério Público do Trabalho (MPT), Defensoria Pública da União (DPU), Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE).

G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário