A onda de calor que afeta o sul do Paquistão matou mais de 450 pessoas nos últimos três dias, um balanço duas vezes maior que o divulgado anteriormente, anunciaram as autoridades. A maioria das mortes aconteceu em Karachi, a maior cidade do país, com 20 milhões de habitantes, onde a temperatura alcançou 45 graus e muitos problemas foram registrados na rede de energia elétrica, o que afetou o fornecimento de água. A onda de calor é similar a que afetou a vizinha Índia nas últimas semanas, a segunda mais importante da história do país e que deixou mais de 2.000 mortos. "Mais de 450 pessoas morreram em consequência do calor intenso nos últimos três dias", afirmou à AFP o médico Sabir Memon, funcionário do governo da província de Sindh, que tem Karachi como capital. Pelo menos 10 pessoas morreram fora de Karachi, segundo uma fonte da secretaria de saúde. A onda de calor deixou outros 10 mortos ao norte, na província de Punjab. O porta-voz da Autoridade Nacional de Gestão de Catástrofes (NDMA), Ahmed Kamal, anunciou à AFP que o governo pediu ajuda ao exército e aos Rangers, uma força paramilitar, para ajudar as vítimas. O governo de Sindh decretou estado de emergência nos hospitais, convocou os médicos que estavam de férias e aumentou os estoques de remédios. Os efeitos da onda de calor coincidem com o Ramadã, durante o qual os muçulmanos praticantes permanecem em jejum entre o nascer e o pôr do sol. (G1)
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