O atual ministro da Defesa e ex-governador da Bahia, Jaques Wagner ofereceu honras e cobertura institucional ao funeral do general Leônidas Pires Gonçalves, ex-chefe de centros de tortura no Rio de Janeiro durante o regime militar no período de 1964 a 1985. Segundo o jornal Carta Maior, a honraria concedida ao torturador causou a revolta de entidades de Direitos Humanos, a Rede Brasil-Memória, Verdade e Justiça publicou uma nota de repúdio ao ministro onde cobra o reconhecimento das Forças Armadas de sua responsabilidade institucional pelas graves violações de direitos humanos durante o regime empresarial-militar. Militantes e familiares das vítimas pedem ainda a anulação da aplicação da Lei de Anistia de 1979 – que a presidenta Dilma Rousseff manteve intocada. “O general Leônidas consta como torturador no Relatório Final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), em razão dos crimes que cometeu à frente do CODI do I Exército, unidade militar responsável por sequestros, torturas, estupros, assassinatos e desaparecimentos de dezenas de brasileiros e brasileiras, opositores da Ditadura Militar. O ministro da Defesa, porém, autorizou honras militares durante o funeral, ocorrido no dia 6 de maio, e enviou como seu representante o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José De Nardi. São inadmissíveis e dignas de repúdio as homenagens prestadas pelo ministro da Defesa à memória de um oficial torturador identificado pela CNV! O governo federal deveria ser o primeiro a acatar as conclusões e recomendações da CNV”, afirma trecho da nota. (Metro1)
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