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Delegada denuncia chefe por assédio moral após criar grupo de WhatsApp na BA


A delegada Marley Reis de Oliveira, 54 anos, registrou denúncia no Ministério Público do Trabalho (MPT) contra o governo do estado e a Coordenadora da Central de Flagrantes da Polícia Civil, delegada  Emília Blanco. De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc), Marley era lotada na Central de Flagrantes (Iguatemi), quando passou a ser vítima de assédio moral e tortura psicológica pela coordenadora da unidade após a criação de um grupo de WhatsApp. 
A denúncia foi registrada no MPT em julho deste ano, mas o Sindpoc só divulgou o fato nesta quinta-feira (7). Segundo nota do sindicto, o início dos assédios foi logo após a entrada de Emília, quando ela assumiu a coordenadoria da Central de Flagrantes, em maio do ano passado.
"Por sempre ter tido uma boa relação na unidade, Marley e as colegas de trabalho criaram um grupo no WhatsApp para promover uma integração entre as servidoras de Salvador e trocar informações relacionadas ao cotidiano laboral da unidade. A coordenadora se sentiu incomodada com o grupo de WhatsApp e começou a perseguir a delegada por causa das postagens que eram feitas no aplicativo", afirmou o sindicato em nota.


A delegada, segundo o Sindipoc, acusa a coordenadora da Central de Flagrantes de tentar induzi-la a praticar tortura com presos para colher depoimento dos acusados e fazê-los confessar o crime.
“Eu dizia em alguns casos que não tinha como dar flagrante e ela dizia que eu tinha como dar meu jeitinho (...) Até laudo de preso ela me pedia, eu dizia que era delegada de polícia e que não poderia dar laudo de sanidade mental”, denuncia Marley Reis.
Em nota,  o Sindipoc destacou que, após a denúncia ser feita, a delegada foi retirada do cargo de delegada da Central de Flagrantes. Atualmente, Marley está de licença do cargo após ter apresentado sintomas de Síndrome do Pânico. 
A Polícia Civil, em nota, afirmou que a Corregedoria da Polícia Civil (Correpol) "apura a denúncia e irá ouvir todos os servidores envolvidos no caso, com o objetivo de esclarecer a veracidade dos fatos". 
O CORREIO tentou contato com a delegada Emília e com o MPT mas não obteve êxito até o momento da publicação dessa reportagem.

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