Na chegada dos 32 brasileiros e familiares resgatados da Faixa de Gaza, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu uma nova lista de repatriação para quem ficou na região. Ao mesmo tempo, criticou o Hamas e Israel, destacando os atos de terrorismo praticados por ambos os lados.
“Já vi muita brutalidade, muita violência, mas nunca vi violência tão bruta contra inocentes. Se o Hamas fez um ato de terrorismo, fez o que fez, o Estado de Israel está cometendo vários atos de terrorismo”, criticou o presidente brasileiro.
Lula também chamou a situação de “inferno”.
“Quero dizer para vocês que, hoje, é um dia de felicidade, porque estamos recebendo 32 seres que não mereciam viver no inferno que viveram esses 37 dias”, apontou.
"Nessa guerra, depois do ato provocado, e eu digo ato de terrorismo do Hamas, as consequências da solução do estado de Israel são tão graves quanto foram as do Hamas. Porque eles estão matando inocentes sem nenhum critério. Jogar bomba onde tem criança, onde tem hospital, a pretexto de que um terrorista está lá, não tem explicação. Primeiro vamos salvar as crianças, as mulheres, aí depois faz a briga com quem quiser fazer", disse Lula.
Representantes da comunidade israelita no Brasil reagiram à declaração de Lula. O líder do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Israel, deputado Gilberto Abramo (Republicanos-MG), definiu o comentário como "equivocado". Ele disse ao R7 que Lula sabe e conhece a situação de conflito na Faixa de Gaza, "mas não admite a realidade dos fatos".
Lideranças religiosas também rebateram a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A fala do presidente foi classificada por autoridades como equivocada e "fruto de desconhecimento" sobre a "selvageria" do Hamas, que causou mortes de civis e crianças durante atentados. "Se não for desconhecimento, é um antissemitismo forte e arraigado", declarou o rabino Rav Sany. Veja repercussão abaixo.
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