Neste espaço estão disponíveis para a comercialização, os produtos da agricultura familiar, como frutas, aipim e seus derivados, licuri, biscoitos, hortaliças, mel, licor, artesanato, pão integral, galinha, ovos caipira, entre outros. No total são seis barracas divididas entre 35 famílias que trabalham com a agricultura familiar de base ecológica, na zona rural do município, são elas: as comunidades de Amarante, Assentamento de Caíçara, Caraíba, Maracujá e Canafístula.
Na barraca de D. Eliene e D. Márcia estão sendo vendidos vários alimentos de 17 famílias da comunidade do Maracujá, zona rural de Serrolândia. D. Eliene, que vê os seus primeiros clientes se aglomerarem na frente da sua barraca na espera do beiju feito na hora e o caldo de galinha caipira com aipim, afirma que os produtos que vende são todos naturais “livres de remédios”. Ela explica ainda que sempre armou sua barraca na própria comunidade e que agora tem a possibilidade de vender na cidade.“É importante ter um lugar assim para vender a lavoura que a gente vai produzindo. É uma alegria ‘ta’ trabalhando na feira”, diz seu Sinval João, do Assentamento Caiçara. Hoje ele conta com esta organização para vender os seus produtos, atividades que não exercia antes de fazer parte deste grupo de agricultores.
O evento teve a presença da gestão municipal de Serrolândia e algumas secretarias, da escola Umbuzeiro, da COFASPI, da Comissão Municipal da Água, de associações comunitárias entre outros.
A feira vai disponibilizar para a população de Serrolândia alimentos e produtos livres de agrotóxicos. As famílias ao desenvolveram a agricultura sustentável trazem muitos benefícios para o meio ambiente, para saúde pública e para a inclusão do homem do campo na economia. “Estes benefícios têm base na modificação da lógica de produção, que valoriza os produtos locais, as sementes crioulas, as espécies adaptadas e um calendário de produção que respeite as características de cada espécie, permitindo assim uma produção que se baseie na dinâmica ecológica dos agroecossistemas, minimizando a necessidade de insumos externos e abolindo o uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos sintéticos”, explica a agrônoma e integrante da equipe da COFASPI, Gizélia Ferreira.
Esta prática vem demonstrar as potencialidades do meio rural da região Semiárida Brasileira, que muitas vezes é vista e tachada como fonte de problemas sociais e econômicos. Atualmente, através de ações de organizações sociais, vem se construído uma ideia e uma prática de Convivência com o Semiárido.
No município muitas pessoas estão atentas à alimentação saudável e a agricultura ecologicamente correta, como é o caso da Professora Márcia que está gostando da feira ser realizada no município: “não vale a pena trocar produtos naturais por alimentos que recebem adubo químico, por isso, acho importante esta iniciativa”.
Organização social
As famílias antes de começarem a comercializar os produtos, decidiram coletivamente a tabelação dos preços, a divisão das barracas, passaram por um processo de formação e receberam e continuarão recebendo o acompanhamento de técnicos da COFASPI para verificar se estão sendo ou não utilizados agrotóxicos nas plantações. Todo este processo foi desenvolvido durante 11 meses pelos técnicos da COFASPI com a participação ativa dos agricultores/as.
O secretário de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente do município, Luis Henrique Ribeiro, entende que quando se começa a ter um grupo de pessoas unidas na realização deste trabalho, os outros que não são organizados, vêem o resultado positivo, começa a valorizar e a querer participar também. Ele considera ainda que este é o canal que proporciona o desenvolvimento da agricultura familiar: “não adiante você produzir se você não tem para quem vender, e este é o canal para isto”.
“O município precisava desta feira e apesar das dificuldades foi uma conquista muito grande para os agricultores. Agora os agricultores estão sendo valorizados”, considera a filha de dois dos agricultores que fazem parte desta feira, Márcia.
A iniciativa
A feira é uma ação da COFASPI como um dos resultados do Projeto de Assessoria à Agricultura Familiar no Território Piemonte da Diamantina e Piemonte do Paraguaçu (ATER) em parceria com a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) e Superintendência da Agricultura Familiar (SUAF). O objetivo do projeto é apoiar o desenvolvimento da comercialização direta dos produtos da agricultura familiar no território Piemonte da Diamantina e Piemonte do Paraguaçú. Nisto, o público alvo destas ações são as famílias desta região que já desenvolviam ou não alguma atividade agrícola.
Marcelo, técnico da COFASPI e responsável pelas atividades no município de Serrolândia, explica que, nestes meses de trabalho com os/as agricultores/as, foram cumpridas várias etapas, como Diagnóstico Participativo Rural (DPR) (onde foram definidas as linhas de trabalhos), as formações dos pequenos agricultores (curso de beneficiamentos de alimentos com base agroecológica, com foco nos derivados da mandioca), os intercâmbios entre agricultores e entre outras experiências de feiras de base ecológica. Ainda estão previstos a realização de cursos e de intercâmbios para estas famílias.
Para quem quiser consumir os alimentos provenientes da agricultura sustentável familiar é só comparecer a Praça da Feira, todas as quartas-feiras, a partir das 6h da manhã.
Para mais informações, acesse: cofaspi.blogspot.com
Texto e Fotos: Karine Silva
O secretário de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente do município, Luis Henrique Ribeiro, entende que quando se começa a ter um grupo de pessoas unidas na realização deste trabalho, os outros que não são organizados, vêem o resultado positivo, começa a valorizar e a querer participar também. Ele considera ainda que este é o canal que proporciona o desenvolvimento da agricultura familiar: “não adiante você produzir se você não tem para quem vender, e este é o canal para isto”.
“O município precisava desta feira e apesar das dificuldades foi uma conquista muito grande para os agricultores. Agora os agricultores estão sendo valorizados”, considera a filha de dois dos agricultores que fazem parte desta feira, Márcia.
A iniciativa
A feira é uma ação da COFASPI como um dos resultados do Projeto de Assessoria à Agricultura Familiar no Território Piemonte da Diamantina e Piemonte do Paraguaçu (ATER) em parceria com a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) e Superintendência da Agricultura Familiar (SUAF). O objetivo do projeto é apoiar o desenvolvimento da comercialização direta dos produtos da agricultura familiar no território Piemonte da Diamantina e Piemonte do Paraguaçú. Nisto, o público alvo destas ações são as famílias desta região que já desenvolviam ou não alguma atividade agrícola.
Marcelo, técnico da COFASPI e responsável pelas atividades no município de Serrolândia, explica que, nestes meses de trabalho com os/as agricultores/as, foram cumpridas várias etapas, como Diagnóstico Participativo Rural (DPR) (onde foram definidas as linhas de trabalhos), as formações dos pequenos agricultores (curso de beneficiamentos de alimentos com base agroecológica, com foco nos derivados da mandioca), os intercâmbios entre agricultores e entre outras experiências de feiras de base ecológica. Ainda estão previstos a realização de cursos e de intercâmbios para estas famílias.
Para quem quiser consumir os alimentos provenientes da agricultura sustentável familiar é só comparecer a Praça da Feira, todas as quartas-feiras, a partir das 6h da manhã.
Para mais informações, acesse: cofaspi.blogspot.com
Texto e Fotos: Karine Silva
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