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O evento, que teve continuidade durante todo o dia e contou com a participação do deputado federal Jean Wyllys, presidente da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT no Congresso Nacional, foi aberto pela coordenadora do Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher (Gedem), promotora de Justiça Márcia Teixeira, que afirmou que essa foi apenas a primeira iniciativa do Ministério Público do Estado da Bahia em prol da cidadania para LGBT, e que espera colher e articular informações sobre o tema, que vão servir para montar a atuação da instituição na área. “Esperamos dar um passo maior na direção do tema, bem como buscaremos formar uma rede articulada contra a homofobia, lesbianfobia e transfobia”, garantiu ela.
O procurador-geral de Justiça, Wellington César Lima e Silva, também reiterou a disponibilidade do Ministério Público em se engajar “nessa importante frente” e apoiar toda ação contra práticas discriminatórias, mas ressaltou também a importância da mobilização social.
Uma das principais lideranças do país na defesa dos direitos dos homossexuais, o professor doutor Luiz Mott apresentou números preocupantes relacionados aos crimes de ódio e homofobia na Bahia. “Estamos vivenciando um período de retrocesso, de ignorância e de fundamentalismo”, protestou o fundador do GGB. De acordo com ele, na década de 80 foram registrados 72 casos de assassinatos contra homossexuais na Bahia, mas nos últimos anos a violência tem-se intensificado. Somente no ano de 2009, foram computados 25 assassinatos; em 2010, 29; e, em 2011, já foram registrados nove casos.
As cidades onde mais acontecem esses crimes no estado são Salvador, Itabuna, Feira de Santana, Ilhéus, Vitória da Conquista, Candeias, Lauro de Freitas e Jacobina. As vítimas são geralmente cabeleireiros, profissionais do sexo, pais de santo, bancários e profissionais liberais. Além disso, afirmou Mott, 47% dos assassinatos foram cometidos

Tribuna da Bahia.

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