Ameba 'comedora de cérebro': caso de infecção na Flórida gera alerta nos EUA



Um caso de uma rara ameba “comedora de cérebro” foi confirmado no Estado americano da Flórida, segundo autoridades de saúde locais.
O Departamento de Saúde da Flórida afirmou que uma pessoa no condado de Hillsborough contraiu Naegleria fowleri, uma microscópica ameba unicelular que causa infecção no cérebro.

Frequentemente encontrada em água morna, a ameba entra no corpo pelo nariz.

Não foram divulgadas informações sobre o estado de saúde do paciente ou sobre a maneira com que contraiu a ameba — que não passa de uma pessoa para outra.

Esse tipo de infecção (meningoencefalite amebiana primária) é mais comum em Estados do sul dos EUA, mas ainda assim é rara. Na Flórida, há 37 registros desde 1962. Mas dada as suas consequências potencialmente fatais, o órgão de saúde da Flórida emitiu um alerta em 3 de julho para os moradores de Hillsborough.

Autoridades locais recomendaram aos habitantes que evitem o contato do nariz com água encanada e de outras fontes da região.

Isso inclui lagos, rios e canais, por exemplo, onde infecções por Naegleria fowleri são mais comuns por causa da temperatura da água nos meses mais quentes (julho, agosto e setembro).

Aqueles infectados pela ameba apresentam sintomas como febre, náusea, vômito, rigidez na nuca e dores de cabeça. A maioria morre em até uma semana. Estima-se que 97% dos infectados morrem.

O órgão de saúde da Flórida afirmou que qualquer pessoa com esses sintomas deve procurar atendimento médico rapidamente. “Lembre-se de que essa doença é rara e estratégias eficazes de prevenção podem permitir banhar-se de forma segura e relaxante durante o verão.”

Quando se trata da prevenção, o recomendado é que se mantenha a água distante do nariz ao nadar e mergulhar em água doce, seja cobrindo o nariz com a mão, deixando-os fora da água ou usando itens para cobrir os orifícios.

Por que a ameba se alimenta de 'cérebros'?
Infecções por Naegleria fowleri são raras nos EUA, segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Entre 2008 e 2017, apenas 34 infecções do tipo foram registradas no país. Do total, 30 ocorreram em atividades de lazer em fontes de água fresca (como lagos e rios), três durante irrigação nasal e uma se deu durante uma brincadeira no quintal de casa.

G1

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