Tarcísio de Freitas, o atual governador de São Paulo, desprezou as denúncias feitas sobre a movimentação de corpos na Operação Verão da Polícia Militar, que estariam sendo levados aos hospitais como vivos para evitar a perícia. As denúncias foram feitas por funcionários da Saúde de Santos.
"Sinceramente, nós temos muita tranquilidade com o que está sendo feito. E aí o pessoal pode ir na ONU, pode ir na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não tô nem aí", ironizou o governador. Entretanto, ele afirmou que o estado irá abrir investigações.
criminosos, os quais foram baleados por estarem armadas. Das 17, 12 pessoas teriam sido socorridas e levadas com vida ao pronto-socorro, local onde teriam morrido.
A informação consistente em todos os boletins é que "Os policiais foram recebidos a tiros e houve confronto. Um suspeito foi atingido e levado ao Pronto-Socorro, mas não resistiu".
Émerson Massera, porta-voz da PM de São Paulo, disse em entrevista ao g1 que as denúncias dos profissionais da saúde serão analisadas.
"As notícias que foram relatadas, que foram trazidas, vão ser analisadas. Para que a gente consiga identificar as causas e identificar os motivos e se houver necessidade de adotar providências pelos fatos que já ocorreram serão adotados", disse.
As denúncias feitas pelos socorristas tem os fatos divergentes do que é apresentado nos boletins.
Denúncias à ONU
Em união com a Conectas Direitos Humanos e o Instituto Vladimir Herzog, a Defensoria Pública pediu à ONU o fim da operação, além da obrigatoriedade do uso de câmeras policiais por todos os PMs.
No documento enviado à ONU, eles escrevem: "há indícios da não preservação das cenas dos crimes, bem como a repetição da versão policial em todas as ocorrências com morte: que os suspeitos portavam drogas, atiraram e que teriam sido socorridos ainda com vida. Nesse contexto, a ausência de corpos nas cenas de crimes impossibilitaria que a perícia coletasse provas técnicas".
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini
Fonte: Terra
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