09/03/2021
" Por gerações, a mulher tornou-se a esfera acolhedora familiar, primando pelo cuidado, administração doméstica e todo contexto da educação da prole para o futuro. Além do seu papel mais simbólico materno, a mulher tem em sua vida uma bagagem pesada, emocional, que perpassa a história da sua criação, relatada em Genesis.
Não foi o peso do pecado que trouxe aa responsabilidades e/ ou condenação de atributos culposos, mas, sim o olhar deturpado sobre o seu papel na história humana.
Nos foi arbitrariamente colocado imposições de anulação sociais para não mais cometermos a "desobediência", e, desta forma, fomos subjugadas a uma subserviência e assim o homem não mais a enxergava como sua ajudadora.
Por décadas, a nulidade feminina construiu um muro do desentendimento e também do reconhecimento das competências da mulher, fortalecendo o machismo descabido na contemporaneidade.
O não acesso ao estudo, participação social, participação política,entre outros, proporcionaram a divisão mais injusta sobre a representatividade da mulher nos âmbitos sociabilizadores de ideias e construção do conhecimento. Entretanto, ainda no século XIX, muitos homens, tais como Sigmund Freud, ao estudar sobre as questões da castração feminina nos traz uma abordagem fantástica do peso da imagem masculina sobre essa repressão e comparação que nós mulheres fazíamos sobre nosso corpo e nosso espaço desde a infância. Interessante, não é?
Isso mesmo, há mais de um século se estudava as diferenças sexistas, não só no contexto físico, mas, profundamente psicológico, sobre a diferença na existência e como inserir seu papel simbólico de ocupação de espaço. Muita coisa a se refletir, mas muita coisa a se comemorar pelas conquistas feitas pela sabedoria e persistência em retornar a importância da mulher na construção de uma sociedade onde todos podem exercer suas representações de importância.
O próprio Cristo Jesus traz a importância da mulher em seu ministério evangelístico e como as mesmas possuem papel singular no coletivo.
Atualmente somos presenteados por mulheres formadoras de opiniões sensatas, coerentes enquanto os valores que primam pela família em seus variados contextos, e que Inseriram no mundo ideais que somam com os homens.
Hoje podemos dizer que conseguimos retornar ao papel primitivo constituído por nosso criador, a mulher presente na vida do homem para juntos fazerem a diferença.
Aqui não se limita a questão de gerar a vida, mas gerar um mundo onde ambos os sexos conseguem administrar seus caminhos.
Mulher guerreira, de valor e corajosa seja a voz de todas nós "
Linda Regina,
Psicanalista Clínica, Especialista em Gestão de Saúde Públicas, Especialista em Gestão: Políticas Públicas, Redes e Defesa de Direitos, Bacharel em Serviço Social e Profissional em Educação Física.
Atualmente atuando como Diretora técnica em Saúde mental no Município do Morro do Chapéu, a Psicanalista Clínica , Linda Regina nesse mês em repercussão sobre a mulher nos traz uma reflexão importante sobre a presença feminina na sociedade.
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