Médico, sócio de escola e mais dois são presos em flagrante por armazenar dois mil vídeos de pornografia infantil

 


Um médico, o sócio de uma escola para crianças e mais duas pessoas foram presas em flagrante, nesta quinta (23), por envolvimento em uma quadrilha de pornografia infantil. Segundo a Polícia Civil, foram apreendidos com eles dois mil vídeos de conteúdo sexual com menores. Esse material foi apreendido e passa por análise de peritos.

As prisões e apreensões foram efetuadas durante a Operação Héstia. Nesta quinta, os policiais envolvidos na ação repassaram detalhes das investigações, durante entrevista coletiva concedida na sede da Polícia Civil, no Centro do Recife.

Segundo a Polícia Civil, o nome da operação faz referência à deusa grega do lar e da família. A investigação foi iniciada em dezembro de 2020. As profissões dos outros dois detidos não foram informadas.

A polícia realizou a operação para combater pedofilia infantil. A quadrilha tem relação com o armazenamento e compra de arquivos digitais, contendo material de abuso infantil.


As prisões e o cumprimento de seis mandados de apreensão, determinados pela Justiça, ocorreram no Recife, Olinda, Paulista e Camaragibe, na Região Metropolitana, além de Gravatá e Caruaru, no Agreste.


Na coletiva, a polícia informou que não poderia detalhar a participação de cada um dos envolvidos, para “não expor as vítimas”. A corporação confirmou que os quatro estavam com arquivos digitais.


O delegado Ramón Teixeira, um dos responsáveis pela operação, afirmou que, agora, a polícia pretende aprofundar as investigações para saber se outros crimes foram praticados.


“É preciso saber se eles armazenavam o material e se também houve produção e repasse dos arquivos, além de abusos, de fato, dessas crianças”, afirmou.


O policial disse, ainda, que também é preciso estabelecer de onde são as crianças que aparecem nos vídeos. “Pode ter vítimas de Pernambuco e de outros estados”, acrescentou.


Também na coletiva, a delgada Inalva Regina ressaltou a importância de pais e responsáveis monitorarem os contatos dos filhos na internet.


A policial afirmou que, em uma época de aulas pelo computador e outras atividades online, o risco de crimes aumentou. “Aí, mora o perigo de nossas crianças serem expostas aos riscos das redes sociais", disse.


Segundo ela, a criança pode manter contato, algo simplesmente e inocente, com um amigo da sala de aula , mas pode ser um grande inimigo.


"Essa pessoa, se fazendo passar por alguém conhecido ou até mesmo por uma criança da mesma idade do seu filho, pode ser aproximar e causar um grande mal”, declarou.


Ainda de acordo com Inalva Regina, os pais e responsáveis devem mostrar aos filhos que estão fiscalizando não apenas para invadir a privacidade deles, mas para demostrar o cuidado.


“Em caso de desconfiança ou se a criança mostrar comportamento diferente, isolado ou triste, é preciso procurar a polícia ou ligar para o Disque 100, que o número da campanha nacional contra o crime de exploração infantil”, afirmou.


G1

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