Governadores com alta taxa de aprovação de um lado, governo do presidente Lula com desaprovação maior do que a média nacional de outro. Em síntese, esse é o resultado de uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest nos estados de Goiás, Paraná, Minas Gerais e São Paulo. Os quatro estados são governados por opositores ao governo federal.
De acordo com os resultados do levantamento, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), teria hoje a melhor avaliação entre os quatro destacados pela Genial/Quaest: 86% de aprovação. Em segundo lugar vem o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), com 79%.
Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, também apresentam bom desempenho em seus estados. Ambos tiveram uma aprovação de 62% a suas administrações.
Assim como Goiás e Paraná são os estados que melhor avaliam seus governadores, também foram os que apresentaram os piores números de desaprovação ao governo Lula. No Paraná, o terceiro mandato de Lula é desaprovado por 54% dos entrevistados, enquanto em Goiás, esse índice chegou a 50%.
Nas eleições de 2022, o então candidato Jair Bolsonaro venceu o segundo turno com larga margem sobre Lula tanto no Paraná quanto em Goiás. No Paraná, Bolsonaro recebeu 62,4% dos votos válidos contra 37,6% do candidato petista. Já em Goiás, Bolsonaro teve 58,7% dos votos contra 41,2% de Lula.
Segundo o Genial/Quast, a média de desaprovação ao governo Lula está em 46%. Nos estados de São Paulo e Minas Gerais a desaprovação ao presidente da República ficou perto desse patamar: 48% em São Paulo e 47% em Minas.
Nesses dois estados a aprovação de Lula foi maior que a desaprovação (50% em SP e 52% em MG). Já em Goiás e no Paraná, a aprovação de Lula ficou abaixo da desaprovação (49% em Goiás e 44% no Paraná).
Na divisão das menções positiva, regular e negativa ao governo Lula por estado, a pesquisa mostra o seguinte quadro: Em SP, a avaliação negativa registra 37% enquanto a positiva fica em 32% (29% veem o governo como “regular”). Em MG, a avaliação negativa atinge 35%, e a positiva 34% (e 30% de regular).
Já em Goiás, a avaliação negativa mede 40%, contra 32% positiva e 27% de regular. No Paraná, 41% avaliam a gestão de Lula como negativa, contra 30% que a avaliam como positiva (27% de regular). Em todos os quatro estados, a avaliação negativa supera a média nacional, aferida em março, que foi de 34%.
A pesquisa também abordou com os entrevistados sua impressão a respeito da economia em seus estados. A percepção geral é de que a situação piorou nos últimos 12 meses, porém com menos intensidade nos quatro estados pesquisados do que no Brasil.
Segundo números da pesquisa nacional realizada no mês anterior, 42% dos eleitores avaliaram que a economia piorou durante o último ano, enquanto 23% diziam que houve melhora no período. Já nos estados os números são o seguinte:
São Paulo: 30% dos entrevistados avaliam que a economia piorou nos últimos 12 meses, contra 26% que veem uma melhoria.
Minas Gerais: 30% avaliam que a economia piorou, em contraste com 22% que veem uma melhoria nos últimos 12 meses.
Goiás: 21% avaliam que a economia piorou, contra 35% que sentem que houve melhoria.
Paraná: 23% avaliam que a economia piorou, contra 27% que avaliam o oposto.
Os quatro governadores de oposição ao governo federal possuem avaliação diferente em algumas das áreas de atuação abordadas pela Genial/Quaest no levantamento. Na segurança pública, por exemplo, enquanto o governador Tarcísio de Freitas tem avaliação positiva de 33% e negativa de 31% nesta área, Ronaldo Caiado desponta com número bem mais altos: 69% de menções positivas contra apenas 10% negativas.
Na área da saúde, Caiado novamente é o que tem o seu trabalho melhor avaliado pela população, com 53% de menções positivas. Em seguida aparecem Ratinho Junior (47%), Romeu Zema (39%) e Tarcísio de Freitas (32%).
Em educação, o governador de Goiás novamente aparece com a melhor avaliação junto à sua população (67% de menções positivas). Na sequência despontam Ratinho Junior (63%), Romeu Zema (51%) e Tarcísio de Freitas (42%).
A pesquisa foi realizada de 4 a 7 de abril, com 1.506 entrevistas presenciais feitas em Minas Gerais, 1.121 no Paraná, 1.127 em Goiás, e 1.656 em São Paulo. As margens de erro estimadas foram de 2,5 pontos percentuais para Minas Gerais, 2,9 pontos percentuais tanto para o Paraná quanto para Goiás, e 2,4 pontos percentuais para São Paulo
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