A vítima, a lavradora Noélia de Jesus, 40 anos, foi morta dentro de casa, no distrito de Barra Nova, Zona Rural do município,O corpo foi levado a um rio, que fica a 300 metros do local, onde foi esquartejado. Os restos mortais foram jogados na água e encontrados por banhistas.

Principal acusado, o trabalhador rural Josevaldo Costa Teles, 37 anos - que era marido de Noélia -, estava foragido desde o homicídio, que aconteceu há nove dias. Ele foi detido pela Polícia Militar no bairro Antonio Costa, periferia da cidade, após denúncia anônima.

Com muita calma, apesar de admitir a brutalidade do crime, Josevaldo falou com exclusividade ao RADAR64.

Josevaldo afirmou que morava com Noélia há um ano. Nesse período, frisou, houve pelo menos quatro separações. Segundo ele, a mulher ficava violenta quando consumia crack e bebida alcoólica.

‘Ela já teve muitos maridos e agredia a todos. Alguns foram furados de faca e um ficou até alejado do braço. Eu mesmo já fui furado por ela três vezes’, conta.

Mas Josevaldo revela que o motivo do crime teria sido uma traição amorosa. ‘Saí de casa na última vez que brigamos. Quando voltei, de madrugada, ela estava em nossa cama, com outro homem’, descreve.

‘Quando eu pulei pra cima do cara, para matá-lo, ela veio pra cima de mim com uma faca e me furou nas costas. O sujeito aproveitou e fugiu pela janela. Peguei a madeira que escorava a porta e dei uma paulada na cabeça dela, que morreu. Carreguei o corpo nos ombros para a cachoeira e cortei’, continua.

O RADAR64 quis saber como foi o esquartejamento. ‘Com um facão. Cortei e joguei os restos no rio. Fui cortando e jogando. Cortei primeiro os braços e joguei pra lá. Com as pernas fiz a mesma coisa. Cortei depois cabeça. Joguei tudo na cachoeira’, assume.

Indagado sobre o motivo de tanta brutalidade, Josevaldo se esquiva. ‘Na hora da raiva você faz coisa que ninguém entende. Estava nervoso e cego’.

O assassino disse que logo depois do esquartejamento fugiu para um local deserto e que só ficou sabendo que o corpo tinha achado nesta segunda-feira, quando chegou à Guaratinga. Ele já pretendia fugir pra sua cidade de origem, Barra do Rocha, município da Região Cacaueira.

‘Durante todo esse tempo fiquei escondido em uma casa abandonada na Serra do Bolo, perto de Barra Nova. Sobrevivi todos esses dias comendo jaca e banana’.

O homicida disse que está arrependido, mas que não merece receber o perdão de ninguém. ‘Quem não se arrepende de uma cena bárbara dessa? O crime chocou o mundo. Não tem perdão. Nem da família, nem de Deus. Que Deus me dê o castigo que achar necessário’.


Delegado de Guaratinga, Alberto Passos de Melo
Josevaldo, que não tinha passagem pela polícia, será indiciado pelo delegado titular de Guaratinga, Alberto Passos de Melo, por homicídio qualificado.

‘Faremos uma representação pela sua prisão temporária. E esperamos o deferimento do juiz da Comarca’, assegura o delegado, acrescentando que somente o braço da mulher ainda não foi encontrado.

O delegado também não acredita na versão contada por Josevaldo. Ele falou que encontrou a mulher com um desconhecido no quarto.

‘Não acredito que isso corresponda à realidade. Quem sabe ele não tenha outro motivo para se justificar e inventou esse’, questiona.

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FONTE: RADAR 64

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