Ministério Público de Jacobina recomenda implantação de Centro de Zoonoses no município




19/04/16- Há anos que o  crescimento descontrolado do número de animais de rua  em Jacobina tem sido tema de amplo debate junto a população e  na Câmara de Vereadores do Município. Beneficiados pela inércia da gestão, que alega não ter verbas para lidar com o problema, é cada vez mais comum o cidadão se deparar cotidianamente com verdadeiras matilhas urbanas que se formam nas ruas da cidade. Diante da situação cada vez mais preocupante, que coloca Jacobina entre os municípios com a maior incidência de números de calazar no país, inclusive com vários registros e óbitos, o Ministério Público estadual recomendou à Prefeitura Municipal de Jacobina que implante, em, no máximo dois meses um o Centro de Zoonoses no Município ou uma instituição similar. A recomendação encaminhada pelos promotores de Justiça Pablo Almeida e Rocío Matos cita que a unidade deve conter equipe técnica adequada, com pelo menos um veterinário e tratadores  para a demanda da cidade.


O documento recomenda  também que seja feita a efetivação, no prazo de 90 dias, da Lei Municipal 825/2007, de autoria do Edil Milton Sena, PV, e a realização de campanhas de vacinação obrigatória de animais domésticos. Além disso, que seja feito o registro de cães, gatos e outros bichos e  campanhas de educação ambiental, pelo menos quatro vezes ao ano, para conscientizar a população sobre a posse responsável dos animais domésticos. Recomendou-se também a instituição de equipes de fiscalização e a realização de identificação e apreensão de animais abandonados encontrados nas zonas urbana e rural.


Os promotores de Justiça citam que  a recomendação levou em conta dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) que mostram  que nos últimos seis anos mais de 120 pessoas morreram por doenças infecciosas ou parasitárias em Jacobina e 30 casos de Leishmaniose tegumentar ou visceral foram notificados no município. Dr Pablo Almeida e DRª Rocío Matos afirmam que “animais domésticos podem ser reservatórios, hospedeiros e/ou vetores de zoonoses, bem como, quando abandonados em via pública, causam incômodos e agravos à saúde da população”.


Fotos de arquivo do  BA

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