Andrei Karlov, embaixador da Rússia na Turquia, foi morto nesta segunda (19) por um atirador enquanto visitava uma galeria de arte em Ancara, capital turca. O responsável pelo ataque é um membro da polícia da Turquia e gritou "Allahu Akbar" ("Alá é grande") em defesa da Síria, de acordo com um fotógrafo da agência de notícias AP que estava presente no local.
O atirador foi morto no local por forças de segurança. Ele foi identificado pelo Ministério das Relações Exteriores da Turquia como Mevlut Mert Altintas. O atirador tinha 22 anos e trabalhava para uma tropa de choque da polícia de Ancara nos últimos dois anos e meio.
A Rússia considera o episódio um "ataque terrorista", mas nenhuma organização assumiu a autoria do ato até aqui; "Hoje em Ancara, como resultado de um ataque, o embaixador da Rússia na Turquia foi morto", disse Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo. O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidos), também reconheceu como um ataque terrorista.
De acordo com o jornal norte-americano Washington Post, o atirador gritou frases em defesa da Síria. "Não esqueçam de Aleppo! Não esqueçam da Síria! Vocês não ficarão seguros até que nossas cidades tenham segurança. Somente a morte pode me levar daqui. Nós somos aqueles que prometeram fidelidade a Maomé para fazer a jihad (guerra santa)".
O responsável pelo ataque teria mostrado uma identificação oficial para entrar na galeria de arte. Ainda não é claro se ele estava no local a serviço ou não. Ao todo, quatro pessoas foram detidas, segundo a agência estatal turca Anadolu: a mãe, o pai, a irmã e o colega de quarto do policial.
O embaixador foi ao local prestigiar uma exposição chamada "Rússia vista pelos turcos", patrocinada pela embaixada.
Um vídeo da cena mostra o embaixador fazendo um discurso antes dos tiros começarem. Em meio a gritos de outras pessoas que estavam no local, o atirador aparece por trás do embaixador, já caído no chão, e grita palavras de ordem.
Karlov chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Três outras pessoas também foram feridas no ataque, mas não estão em estado grave.
EL PAÍS
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