Plano de aposentadoria do BB já tem adesão de 7.760 funcionários



O Banco do Brasil espera que o programa de incentivo à aposentadoria, que termina em 9 de dezembro, alcance de 9 mil a 10 mil adesões, de acordo com o presidente da instituição, Paulo Rogério Caffarelli. Até a noite da última quinta-feira (1º/12), o banco já tinha registrado 7,760 mil adesões.
O programa mira, no total, 18 mil colaboradores com mais de 50 anos de idade e mais de 35 anos de INSS. “No ano passado, tivemos a adesão de 5 mil colaboradores. Agora, esperamos que a adesão fique entre 9 mil e 10 mil funcionários”, disse Caffarelli.
Se o BB tiver a adesão de 9 mil colaboradores, a redução de despesas, conforme lembrou o executivo, será de R$ 2,130 bilhões Se chegar a 10 mil, o montante sobe para R$ 2,232 bilhões.
O Banco do Brasil não considera fazer outro programa de incentivo à aposentadoria além do atual, de acordo com o presidente da instituição. O executivo disse ainda, em reunião com analistas e investidores, que também não está no radar do BB um programa de demissão voluntária.
Ele disse ainda que as duas últimas nomeações para a vice-presidência do BB foram técnicas. Recentemente, entraram para a alta cúpula da instituição Carlos Hamilton, ex-Fazenda e ex-BC, e Tarcísio Hübner, que antes era diretor de distribuição do banco. “A lei das estatais é bastante criteriosa. O BB vem trabalhando com a manutenção de um quadro de pessoas ligadas à atividade financeira e conhecedores dos ramos que vão atuar”, concluiu.
Migração de crédito
O Banco do Brasil espera que 50% da sua carteira de crédito no exterior, que soma R$ 51,5 bilhões, migre para o mercado brasileiro, disse Caffarelli. Essa migração deve ocorrer, de acordo com o executivo, conforme o vencimento das operações.

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Caffarelli ressaltou que os não correntistas do BB não terão acesso às linhas do banco no exterior e que a instituição está focada no capital no Brasil. Sobre a venda de ativos fora do País, o executivo disse que não é prioridade do banco neste momento. Ele não comentou sobre a venda da participação do BB no argentino Patagônia.
Em relação à oferta de crédito no próximo ano, o presidente do BB afirmou que espera que seja melhor que em 2016. “A perspectiva da retomada de crédito se dá em função da retomada do crescimento econômico”, disse ele, sem dar mais detalhes, em conversa com jornalistas, após reunião com analistas e investidores.
Afirmou ainda que a queda da Selic se alterou positivamente, com a projeção de um patamar menor para os juros básicos ao final de 2017. Ponderou, contudo, que a crise do País é diferente das demais. Além de mais longa, também é “um pouco mais acentuada”.
Sobre a reestruturação que o BB anunciou na sua rede física, o presidente do banco disse que os ganhos são imediatos e que, somado ao programa de incentivo à aposentadoria, devem gerar reflexo positivo para a instituição no próximo ano.
Questionado sobre eventuais mudanças nas vice-presidências, Caffarelli afirmou que o quadro do banco está completo, mas admitiu que mudanças podem acontecer. Não citou, contudo, nomes. (Com informações da Agência Estado).

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