Sargento acusado de estupro no Rio de Janeiro tem prisão preventiva decretada

 Sargento tem a prisão decretada após estupro


A Justiça decretou a prisão preventiva do sargento Leonardo Lourenço da Silva, acusado do estupro de uma produtora musical dentro do apartamento onde ela mora em Copacabana, na Zona Sul do Rio, segundo informa matéria do Extra. A decisão é da juíza Ana Paula Pena Barros, da Auditoria Militar do Tribunal de Justiça. A magistrada também recebeu a denúncia do Ministério Público contra o sargento, que foi acusado por uma produtora musical, de 31 anos, de tentar tirar suas roupas à força.

Segundo a denúncia, assinada pelo promotor Paulo Roberto Mello Cunha Jr., o sargento “dominou a vítima, valendo-se de sua maior força física, chamando-a de ‘X9’, e tocando o corpo da vítima em várias partes, apalpando seus seios e introduzindo os dedos em sua vagina”.


Segundo a vítima, o sargento foi até o apartamento da mulher com o pretexto de colher mais informações sobre uma ocorrência de uma briga entre vizinhos registrada dias antes. A ida do PM ao local aconteceu por volta das 11h no último dia 24. Vídeos de câmera de segurança do prédio mostram quando o policial chegou e saiu do prédio, sempre de cabeça baixa. Um colega ficou do lado de fora do prédio aguardando.

— Ele tinha ido até o prédio em outra ocasião, dias antes, por causa de um desentendimento meu com uma vizinha. E voltou no dia 24 dizendo que precisava apurar alguns detalhes. Estava muito frio e chovendo. Eu usava uma blusa, um shortinho de dormir e um roupão. Ele enfiou a mão embaixo da blusa e a outra dentro do short e foi me machucando — recorda a vítima.

A vítima fez exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (lML). O laudo atestou “vestígios de ato libidinoso diverso da conjunção carnal”, por “ação violenta contundente”.

O sargento está na PM há 20 anos — pelo menos sete deles, batendo ponto no 19º BPM. Esse não é o primeiro crime na ficha do agente: em 2015, uma investigação interna da PM concluiu que Lourenço integrava um grupo de agentes do batalhão que “foram observados, fotografados e filmados recebendo vantagem pecuniária para não coibir quaisquer irregularidades” numa boate de Copacabana.

Os crimes aconteceram entre outubro de 2013 e abril de 2014. Segundo relatório da investigação, Lourenço e mais dez PMs foram observados recebendo envelopes de funcionários do estabelecimento. Ao final do IPM, os agentes foram submetidos a Conselho de Disciplina, que poderia até expulsá-los da corporação. Em agosto de 2016, no entanto, o sargento foi considerado “capaz de permanecer na ativa”.


UOL

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