O soldado Joedson dos Santos Andrade, morto a tiros no domingo (16), enquanto fazia rondas em Arembepe, distrito de Camaçari, na região metropolitana de Salvador (RMS), havia sido preso em maio de 2020, suspeito de assassinatos na mesma região.
Ele foi um dos quatro PMs presos durante operação da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), realizada em 16 de maio de 2020, exatamente um ano antes de Joedson ser morto.
A operação teve como objetivo cumprir mandados de prisão preventiva contra os policiais, investigados por matarem dois irmãos em fevereiro daquele ano. Além disso, na época, foi informado que a corregedoria da PM investigava o envolvimento dos quatro PMs nas mortes de outras pessoas.
O G1 entrou em contato com a PM, para saber o resultado das investigações da Corregedoria, e aguarda resposta.
Durante a operação do ano passado, a SSP-BA informou que os soldados teriam participado das mortes dos irmãos Hiago Nascimento Tavares e Thiago Nascimento Tavares, em Camaçari. A SSP detalhou que Hiago, que tinha envolvimento com tráfico de drogas, era o alvo dos policiais. Thiago também foi assassinado por ter presenciado a ação dos militares.
Na operação, armas e munições foram apreendidas em imóveis ligados aos policiais, e todo o material foi levado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Morte de Joedson
O soldado Joedson dos Santos Andrade usava colete à prova de balas, quando foi baleado no último domingo, em Arembepe. De acordo com testemunhas, o tiro atingiu o PM embaixo do braço.
O caso aconteceu na localidade conhecida como Fonte das Águas. O soldado chegou a ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Arempebe, mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo moradores, o local onde o PM foi baleado é área de disputa entre facções criminosas. Equipes da PM fizeram rondas, chegaram a usar um helicóptero para procurar suspeitos da morte do soldado, e um homem foi preso.
A PM informou que ele foi encontrado na Rua da Economia e tinha um mandado de prisão em aberto. O suspeito chegou a fazer uma mulher refém e disparou contra os policiais. Houve negociação e o homem liberou a refém e se entregou.
O soldado Joadson estava na corporação há 11 anos. Ele deixou esposa e um filho.
Fonte: G1
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