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Casal americano tenta vender segredos de submarino nuclear dos EUA ao Brasil

 


Um engenheiro naval dos Estados Unidos e a esposa dele tentaram vender segredos técnicos de submarino nuclear ao governo brasileiro em 2020. A informação foi revelada pelo jornal The New York Times (NYT) nesta terça-feira, 15. Até então, a identidade do país procurado pelo casal estava em sigilo.

Segundo a reportagem, Jonathan Toebbe, de 42 anos, e Diana, de 45, avaliaram para qual governo estrangeiro enviariam a proposta com as informações sobre a tecnologia dos reatores nucleares. De acordo com mensagens de texto divulgadas no tribunal, eles descartaram fazer negócios com os maiores rivais dos Estados Unidos: Rússia e China. O casal pensou em um país rico o suficiente para comprar os segredos, não hostil ao governo norte-americano e interessado em adquirir a mesma tecnologia que eles estavam vendendo. Eles, então, chegaram à conclusão de que o escolhido seria o Brasil.

Segundo o alto funcionário brasileiro e outras pessoas informadas sobre a investigação, citadas como fontes pelo New York Times, Toebbe abordou o governo federal há quase dois anos com uma oferta de milhares de páginas de documentos confidenciais sobre reatores nucleares que ele havia roubado dos EUA ao longo de vários anos.


O engenheiro norte-americano enviou uma carta oferecendo os segredos à agência de inteligência militar do Brasil em abril de 2020. No entanto, as autoridades brasileiras entregaram o comunicado ao adido do FBI no Brasil. A partir de dezembro de 2020, um agente do FBI se passou por oficial brasileiro para ganhar a confiança de Toebbe e convencê-lo a depositar os documentos em um local escolhido pelos investigadores.

O norte-americano concordou em fornecer documentos e ofereceu assistência técnica ao programa de submarinos nucleares do Brasil. O casal, que morava em Annapolis, no estado de Maryland, foi preso em outubro de 2021. Segundo a reportagem, no mês passado, eles se declararam culpados das acusações de espionagem. Ele pode pegar até 17 anos e meio de prisão e ela até três anos.

O Dia

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