O Brasil teve queda de 6% no número de mortes violentas em 2021, segundo informações do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgadas nesta terça-feira (28). Foram 47,5 mil mortes no ano passado, contra 50,4 mil em 2020.
Com isso, o país atingiu o patamar mais baixo desde 2011, quando foram registradas 47,2 mil mortes violentas.
A queda nos assassinatos no país foi antecipada pelo Monitor da Violência em fevereiro. O percentual aferido foi próximo: 7%. O número não incluía, porém, os casos de mortes por intervenção policial, cujo balanço foi divulgado separadamente.
Os números divulgados pelo Anuário compõem as chamadas mortes violentas intencionais, ou seja, os homicídios, os latrocínios, as lesões corporais seguidas de morte e as mortes cometidas pela polícia.
O Anuário mostra que:
houve 47.503 mortes violentas em 2021, uma queda de 6% em relação a 2020 (quando foram registrados 50.448 assassinatos);
a região Norte foi a única do país que registrou alta no período: 9%;
Amazonas teve o maior aumento entre 2020 e 2021 (49%);
Amapá tem a maior taxa do país, com 53,8 mortes por 100 mil habitantes;
seis estados registraram aumento nas mortes violentas.
As armas de fogo permanecem como o principal instrumento utilizado para matar no país: elas foram utilizadas em 75% dos homicídios dolosos e em 66% dos latrocínios.
O Anuário também traz outras características destes crimes:
35% das mortes foram cometidas aos finais de semana (sábado e domingo);
Homens foram 90% das vítimas de homicídios e latrocínios, e mulheres, 10%;
As mortes causadas por policiais praticamente apenas vitimaram homens (99,2%);
Negros foram 78% das vítimas de homicídios e 84% das vítimas de mortes cometidas por policiais.
O que está por trás da queda da violência
O Anuário destaca que o pico de violência no país aconteceu em 2017, com mais de 64 mil assassinatos. A partir de 2018, começou uma tendência de queda que continua até hoje.
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