Após uma semana, as intensas chuvas que atingem a Bahia deixaram um saldo, até a noite da sexta (2), de 355 desabrigados e 6.802 desalojados, além de ocorrências em 43 municípios. Destes, 12 decretaram situação de emergência. No total, 60.732 pessoas foram atingidas pelas precipitações. E a previsão do Instituto Nacional de meteorologia (INMET) é de que o mal tempo continue nos próximos dias.
enquanto trabalhava. Ele conta que entrou tanta lama que foi preciso reunir vizinhos para ajudar na limpeza. “A situação é muito ruim, tem gente que perdeu absolutamente tudo. Ficou apenas com roupa do corpo, às vezes até a roupa do corpo está prejudicada porque sujou de lama. A cidade ficou arrasada, a água invadiu todo comércio, invadiu tudo. A água bate no joelho das pessoas”, relata.
Cachoeira é um dos municípios mais afetados e decretou emergência na quinta (1º), quando uma enchente causou estragos na cidade. Por volta das 11h, a água invadiu o Colégio Estadual da Cachoeira. Nenhum aluno ficou ferido, mas a escola perdeu equipamentos, como computador, caixas de papel e materiais de consumo. “Era uma lama acumulada com água, [foi tanto volume que] rompeu o muro de trás da escola e invadiu o prédio principal. Veio trazendo lixo, tudo que podia”, narra o diretor da instituição, Fábio Macedo.
Na sexta, ainda havia edificações com risco de desabamento e alertas para deslizamento. Foram 100 ocorrências registradas na cidade em três dias de chuvas intensas.
São Félix, cidade vizinha de Cachoeira, também decretou emergência, só que na sexta (2). O prefeito Alex Brito conta que já são 28 ocorrências registradas pela Defesa Civil sendo, em sua maioria, casos de deslizamento de terra nas encostas. “A cidade é rodeada de morro, com a chuva, a água desce acabando com tudo”.
A cidade está com casas danificadas, calçamentos destruídos, deslizamento de terra, corrimãos de acesso às áreas mais íngremes danificados pela força da água e linha do trem interditada.
A cidade está com casas danificadas, calçamentos destruídos, deslizamento de terra, corrimãos de acesso às áreas mais íngremes danificados pela força da água e linha do trem interditada.
Outras regiões
Além de Cachoeira e São Félix, declararam emergência por causa das chuvas os municípios de Prado, Baixa Grande (única até aqui que teve a situaçao de emergência reconhecida pelo governo federal), Itabuna, Santa Cruz Cabrália, Cícero Dantas, Ibicuí, Itambé, Nova Viçosa, Vereda, Olindina e Eunápolis. Conforme o INMET, Porto Seguro, Amargosa e Luiz Eduardo Magalhães foram os municípios com maior índice de chuva entre a quinta (30) e a sexta (1º). Embora o índice seja o mais alto, especialistas explicam que os estragos dependem também da estrutura geográfica, condicionamento social e infraestrutura das cidades. Por isso é possível que chova menos em cidades pequenas, mas o impacto seja maior.
Após uma semana de precipitações, Defesa Civil registra 355 desabrigados, 6.802 desalojados e ocorrências em 43 municípios
Esther Moraisredacao@correio24horas.com.b
Após uma semana, as intensas chuvas que atingem a Bahia deixaram um saldo, até a noite da sexta (2), de 355 desabrigados e 6.802 desalojados, além de ocorrências em 43 municípios. Destes, 12 decretaram situação de emergência. No total, 60.732 pessoas foram atingidas pelas precipitações. E a previsão do Instituto Nacional de meteorologia (INMET) é de que o mal tempo continue nos próximos dias.
Por trás desses números, estão histórias como a do radialista Washington da Silva, conhecido como Nem, de 46 anos. Morador de Cachoeira, no Recôncavo. A chuva invadiu sua casa enquanto trabalhava. Ele conta que entrou tanta lama que foi preciso reunir vizinhos para ajudar na limpeza. “A situação é muito ruim, tem gente que perdeu absolutamente tudo. Ficou apenas com roupa do corpo, às vezes até a roupa do corpo está prejudicada porque sujou de lama. A cidade ficou arrasada, a água invadiu todo comércio, invadiu tudo. A água bate no joelho das pessoas”, relata.
Cachoeira é um dos municípios mais afetados e decretou emergência na quinta (1º), quando uma enchente causou estragos na cidade. Por volta das 11h, a água invadiu o Colégio Estadual da Cachoeira. Nenhum aluno ficou ferido, mas a escola perdeu equipamentos, como computador, caixas de papel e materiais de consumo. “Era uma lama acumulada com água, [foi tanto volume que] rompeu o muro de trás da escola e invadiu o prédio principal. Veio trazendo lixo, tudo que podia”, narra o diretor da instituição, Fábio Macedo.
Na sexta, ainda havia edificações com risco de desabamento e alertas para deslizamento. Foram 100 ocorrências registradas na cidade em três dias de chuvas intensas.
São Félix, cidade vizinha de Cachoeira, também decretou emergência, só que na sexta (2). O prefeito Alex Brito conta que já são 28 ocorrências registradas pela Defesa Civil sendo, em sua maioria, casos de deslizamento de terra nas encostas. “A cidade é rodeada de morro, com a chuva, a água desce acabando com tudo”.
A cidade está com casas danificadas, calçamentos destruídos, deslizamento de terra, corrimãos de acesso às áreas mais íngremes danificados pela força da água e linha do trem interditada.
Outras regiões
Além de Cachoeira e São Félix, declararam emergência por causa das chuvas os municípios de Prado, Baixa Grande (única até aqui que teve a situaçao de emergência reconhecida pelo governo federal), Itabuna, Santa Cruz Cabrália, Cícero Dantas, Ibicuí, Itambé, Nova Viçosa, Vereda, Olindina e Eunápolis. Conforme o INMET, Porto Seguro, Amargosa e Luiz Eduardo Magalhães foram os municípios com maior índice de chuva entre a quinta (30) e a sexta (1º). Embora o índice seja o mais alto, especialistas explicam que os estragos dependem também da estrutura geográfica, condicionamento social e infraestrutura das cidades. Por isso é possível que chova menos em cidades pequenas, mas o impacto seja maior.
No extremo-sul, moradores de Prado contam que as ruas, sobretudo das regiões periféricas, estão alagadas e os residentes, desabrigados. Moradores têm se reunido para abrir valas em pontos da cidade para dar vazão à água. A estrada principal da BA-001, que dá acesso às comunidades da Paixão, Tororão e de Cumuruxatiba - onde três casas desabaram - está danificada em dois locais: nas praia da Amendoeira e do Tororão.
No oeste do estado, árvores foram derrubadas e a água invadiu casas e estabelecimentos comerciais. Localizada no Sertão baiano, Baixa Grande registrou deslizamentos de terra e alagamentos. Móveis, esgoto a céu aberto e construções irregulares impediram a passagem da água e o calçamento ficou destruído.
A Defesa Civil de Salvador (Codesal) registrou 11 solicitações relacionadas às chuvas. São duas ameaças de desabamento, uma em Valéria e outra no Subúrbio/Ilhas, cinco ameaças de deslizamento, uma avaliação de imóvel alagado, um deslizamento de terra e duas infiltrações. Não há registro de desabrigados na capital.
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Chuvas castigam a Bahia, afetam 62 mil pessoas e 12 cidades decretam emergência
Após uma semana de precipitações, Defesa Civil registra 355 desabrigados, 6.802 desalojados e ocorrências em 43 municípios
Esther Moraisredacao@correio24horas.com.br
03.12.2022, 05:00:00
Chuvas castigam a Bahia, afetam 62 mil pessoas e 12 cidades decretam emergência
Após uma semana, as intensas chuvas que atingem a Bahia deixaram um saldo, até a noite da sexta (2), de 355 desabrigados e 6.802 desalojados, além de ocorrências em 43 municípios. Destes, 12 decretaram situação de emergência. No total, 60.732 pessoas foram atingidas pelas precipitações. E a previsão do Instituto Nacional de meteorologia (INMET) é de que o mal tempo continue nos próximos dias.
Por trás desses números, estão histórias como a do radialista Washington da Silva, conhecido como Nem, de 46 anos. Morador de Cachoeira, no Recôncavo. A chuva invadiu sua casa enquanto trabalhava. Ele conta que entrou tanta lama que foi preciso reunir vizinhos para ajudar na limpeza. “A situação é muito ruim, tem gente que perdeu absolutamente tudo. Ficou apenas com roupa do corpo, às vezes até a roupa do corpo está prejudicada porque sujou de lama. A cidade ficou arrasada, a água invadiu todo comércio, invadiu tudo. A água bate no joelho das pessoas”, relata.
Cachoeira é um dos municípios mais afetados e decretou emergência na quinta (1º), quando uma enchente causou estragos na cidade. Por volta das 11h, a água invadiu o Colégio Estadual da Cachoeira. Nenhum aluno ficou ferido, mas a escola perdeu equipamentos, como computador, caixas de papel e materiais de consumo. “Era uma lama acumulada com água, [foi tanto volume que] rompeu o muro de trás da escola e invadiu o prédio principal. Veio trazendo lixo, tudo que podia”, narra o diretor da instituição, Fábio Macedo.
Na sexta, ainda havia edificações com risco de desabamento e alertas para deslizamento. Foram 100 ocorrências registradas na cidade em três dias de chuvas intensas.
São Félix, cidade vizinha de Cachoeira, também decretou emergência, só que na sexta (2). O prefeito Alex Brito conta que já são 28 ocorrências registradas pela Defesa Civil sendo, em sua maioria, casos de deslizamento de terra nas encostas. “A cidade é rodeada de morro, com a chuva, a água desce acabando com tudo”.
A cidade está com casas danificadas, calçamentos destruídos, deslizamento de terra, corrimãos de acesso às áreas mais íngremes danificados pela força da água e linha do trem interditada.
Outras regiões
Além de Cachoeira e São Félix, declararam emergência por causa das chuvas os municípios de Prado, Baixa Grande (única até aqui que teve a situaçao de emergência reconhecida pelo governo federal), Itabuna, Santa Cruz Cabrália, Cícero Dantas, Ibicuí, Itambé, Nova Viçosa, Vereda, Olindina e Eunápolis. Conforme o INMET, Porto Seguro, Amargosa e Luiz Eduardo Magalhães foram os municípios com maior índice de chuva entre a quinta (30) e a sexta (1º). Embora o índice seja o mais alto, especialistas explicam que os estragos dependem também da estrutura geográfica, condicionamento social e infraestrutura das cidades. Por isso é possível que chova menos em cidades pequenas, mas o impacto seja maior.
No extremo-sul, moradores de Prado contam que as ruas, sobretudo das regiões periféricas, estão alagadas e os residentes, desabrigados. Moradores têm se reunido para abrir valas em pontos da cidade para dar vazão à água. A estrada principal da BA-001, que dá acesso às comunidades da Paixão, Tororão e de Cumuruxatiba - onde três casas desabaram - está danificada em dois locais: nas praia da Amendoeira e do Tororão.
No oeste do estado, árvores foram derrubadas e a água invadiu casas e estabelecimentos comerciais. Localizada no Sertão baiano, Baixa Grande registrou deslizamentos de terra e alagamentos. Móveis, esgoto a céu aberto e construções irregulares impediram a passagem da água e o calçamento ficou destruído.
A Defesa Civil de Salvador (Codesal) registrou 11 solicitações relacionadas às chuvas. São duas ameaças de desabamento, uma em Valéria e outra no Subúrbio/Ilhas, cinco ameaças de deslizamento, uma avaliação de imóvel alagado, um deslizamento de terra e duas infiltrações. Não há registro de desabrigados na capital.
Foco nas pessoas
Na sexta, o governador Rui Costa se pronunciou, no Twitter, sobre a situação. Segundo ele, equipes técnicas estão avaliando os danos e realizando as intervenções necessárias. "Seguimos em alerta, empenhados, e trabalhando por toda Bahia, com equipes avaliando os danos e realizando intervenções estruturais necessárias para restabelecer as áreas atingidas", escreveu.
Segundo o governador, o foco é prestar apoio às pessoas que estão em situação de risco. "Nesse momento, o foco é cuidar das pessoas e preservar vidas. Determinei das secretarias e órgãos estaduais, incluindo Defesa Civil e Bombeiros, todo aparato pessoal, logístico e humanitário para atender a população”, disse. “Minha solidariedade às famílias afetadas e muita força para recompor as perdas causadas pela chuva", completou.
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